Feriado é bom, é tempo de descanso e de fugir um pouco das responsabilidades em busca de lazer. Mas existe algo peculiar com o carnaval. São vários dias em que as pessoas se dedicam a fazer tudo o que já fazem normalmente, mas em maior intensidade e escala. Sexo, bebidas, drogas, lixo nas ruas, tudo em prol de uma falsa alegria, que vem e passa.

Na televisão, só se fala de bloco de rua, escola de samba e desfiles mega produzidos. Rainhas de bateria sempre são musas famosas, do corpo escultural, que passam quase uma hora seminuas numa avenida, dançando e se exibindo. Os temas dos sambas são variados, ao menos nisso existe algum proveito: é necessário estudar o tema para criar a letra. Porém, ao final, ninguém se lembra dela, já que o foco foi apenas beber até cair, transar até acabarem as camisinhas (isso se e quando as usam) e admirarem belos corpos, tanto masculinos quanto femininos.

E o que falar dos trios elétricos e dos blocos de rua? Muita sujeira envolvida, já que o povo brasileiro conseguiu manter por séculos o hábito de ser porco, que veio dos portugueses da Idade Média, e parece não querer abdicar de tamanha herança. Copos plásticos, papel higiênico, cacos de vidro, garrafas e latas de cerveja, vinho e várias outras bebidas alcoólicas, todos espalhados pela cidade. Cheiro de urina em cada esquina. Moradores revoltados porque não podem mais ter uma noite de sossego, se escolhem ficar em casa e dormir ou assistir um filme legal em família. Cenas muitas vezes explícitas de sexo em becos e ruas pouco movimentadas. E ai de uma criança que passe por ali, por ser caminho de casa ou porque quis ir ao mercadinho comprar doce.

E as crianças - as que são feitas nessa época do ano? São as que vão lotar as maternidades no fim do ano, entre setembro e novembro. O sistema público de saúde já é péssimo, imagina nessas épocas do ano? Fora os pré-natais, muitas adolescentes e jovens grávidas sem ao menos se lembrarem do rosto do pai de seus filhos.

Viram só? Não foi preciso nem ao menos envolver religião para descrever como o Carnaval é maléfico (ou o ser humano?). Tudo o que devemos desejar é um bom carnaval, mas sabemos que não será.

Este texto é destinado a todos aqueles que já sofreram ou ainda sofrem bullying na vida. Seja nas escolas, na faculdade, no trabalho, seja por conta da sua fé. Eu já passei por isso, mesmo que numa escala bem menor do que algumas pessoas que chegam ao ponto de sofrerem agressões físicas. Mas a dor emocional e a tortura psicológica são as mesmas feridas que são carregadas por todos aqueles que, de alguma maneira, tiveram sua imagem ou sua integridade física abalados por pessoas que não se importavam com você.

Eu quero dizer a você, pessoa que passou ou que está passando por essa situação tão delicada, que existe uma Pessoa que conhece sua dor, até melhor do que eu. Ele se chama Jesus Cristo. Ele estava prestes a morrer – e sabia disso – e se sentia abandonado pelos seus amigos. Um deles até o havia traído com um beijo por 30 moedas de prata. Já havia sido açoitado com um chicote que lhe arrancou pele, carne e sangue. Não satisfeitos, ainda fizeram tudo isso que está escrito nessa imagem:


Zombaram Dele. Fizeram de Jesus o que quiseram. Ele se identifica com a sua dor. Ele sabe o que você está passando ou já passou. Mas eu quero que você saiba de uma coisa: Ele mesmo disse "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." 

Jesus passou por tudo isso porque Ele sabia que você passaria por algo parecido. Ele quer que você se achegue a Ele, que O busque para sarar essa ferida no seu coração. Se você está sofrendo com essa situação, não deixe de conversar com seus pais ou responsáveis legais e com seus professores, para que eles tomem alguma atitude. Se você já passou por isso, mas hoje está livre dessa circunstância, junte-se aos que estão subjugados no bullying, e busquem ao Senhor Jesus. Ele dará a cura que a alma de vocês precisa, e o descanso que Ele conquistou na Cruz. Por você.

Mais um ano se inicia. Comemoramos com a família, com os amigos, mas muitas vezes esquecemos que estamos comemorando um 2017 depois de Cristo. As pessoas fazem simpatias, crendices, toda sorte de "mandingas", e esquecem que há 2017 anos, Jesus Cristo colocou os pés neste mundo, morreu e ressuscitou, para que nEle possamos ter uma nova vida, e como então as mesmas coisas se repetem todos os anos?

Jesus quer ser SENHOR dos nossos dias. Ele quer que confiemos nEle, e não em "lentilha para dar sorte", "pular sete ondas", "comer sete uvas", "usar tal cor para atrair tal coisa", etc. Essas coisas são feitas todos os anos e nada muda. Jesus quer mudar sua vida, sua história, seus dias. Afinal de contas, Deus não conta seus anos, mas seus dias. "Basta a cada dia o seu próprio mal". Viva cada dia como se Jesus fosse voltar hoje.

Tudo o que eu desejo nesse 2017 é um feliz amanhã. Um feliz depois de amanhã. Um feliz cada dia.


Com Jesus.


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Se quiser ouvir o culto de 01/01/2017 da Igreja Presbiteriana do Brasil no Ipiranga, que inspirou este texto, o áudio está disponível no link:

http://ipbi.com.br/site/messagetypes/sermoes-em-mp3/

Estou nessa onda de reflexão de fim de ano. O que é, na realidade, o Natal?

Nós cristãos comemoramos o Natal como o nascimento de Jesus, nossa salvação. Sabemos que Ele pode não ter nascido em 25 de dezembro, que não há registros da data exata de Seu nascimento. Mas nós comemoramos justamente por conta desse versículo acima citado na imagem, em Isaías. Esse menino que nasceu há dois mil anos dividiu a História da Humanidade. Fez obras grandiosas, a maior delas foi morrer crucificado para perdoar nossos pecados, e ao terceiro dia, ressuscitar para nos garantir a vida eterna.

A confraternização em família, a ceia, os presentes que trocamos, são momentos muito importantes para guardar na memória. É muito gostoso se unir à família e comemorar. Porém, sei que muitos estão ali somente por esse motivo, e se esquecem o verdadeiro sentido do Natal. Jesus veio ao mundo, na plenitude dos tempos, consumar Sua obra redentora. Meu desejo e minha oração é que esse significado tão precioso seja recordado em nossos corações.

Feliz aniversário, Jesus. Que as pessoas lembrem mais de Ti neste fim de ano.
Feliz Natal, humanidade. Que Jesus possa ser o centro da sua comemoração. E da sua vida. É minha oração em nome dEle. Amém.

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Gostaria também de compartilhar um texto escrito pelo Pr Yon Morato, da Igreja Presbiteriana do Brasil no Ipiranga, onde eu congrego.

O Natal é simples como...

O anjo anunciando a Maria, uma jovem muito humilde, desposada com um carpinteiro, servo justo e igualmente humilde.

Uma viagem de 150 Km de Nazaré a Belém feita à pé para um recenseamento.

Um bebê recém nascido, deitado em manjedoura, como um cordeirinho.

A visita dos pastores (detalhe: os magos chegaram cerca de dois anos depois, com os seus presentes, os pais humildes tiveram provisões para fugirem e permanecerem no Egito da insanidade de Herodes).

Jesus, menino, obediente aos pais, carpinteiro, crescido em graça.

O homem humilde, sem lugar para reclinar a cabeça, dormindo ao relento, jardim e proa de barco, sedento à beira de um poço, cura para coxos, leprosos, atormentados, defensor das mulheres, dos pobres e vida para os mortos.

Uma cruz em meio a dois ladrões, como se fosse mais um.

O sangue inocente do cordeiro nascido em manjedoura, agora crucificado por amor a nós.

Jesus, Deus que se fez homem, transcendendo a tudo e todos para alcançar os humildes que colocam-se diante dele, vendo-o como o Deus Salvador.

Natal é simples, sem luz, sem alarde, só o amor de Jesus, sua paz que excede todo entendimento. Simples assim.

Deus abençoe sua vida.

Por Yon Morato.

" A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer de perto, quer de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra ti. Ó SENHOR, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele e não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas.(...) Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome."

Daniel 9: 7-10, 19

     Antes de você julgar um jornalista, imagine-se no lugar de um.
     Antes de você dizer que eles são inconvenientes, que são todos manipuladores e que desejam apenas alimentar a "ideologia dominante", pare para pensar que ele é um ser humano igual a você, que é PAGO para correr atrás de informações importantes e interessantes para você, que para isso ele precisa perguntar, pesquisar, correr atrás de informações, para formar o seu senso crítico.
Antes de dizer que todos os funcionários de um determinado veículo de comunicação, seja canal de TV, estação de rádio, jornal ou revista específico, são aderentes à ideologia da empresa, pense que você está na empresa em que você trabalha mesmo sem concordar com diversas decisões que são tomadas.
     Antes de querer linchar um jornalista, imagine-se no lugar dele, sofrendo violência ao exercer sua função.
     Antes de sair vomitando seu ódio contra os jornalistas, imagine-se sem eles todos os dias, dando notícias sobre trânsito, transporte público, previsão do tempo, sobre a economia, a política, os esportes ou os eventos culturais que vocês gostam. Respeite-os como pessoas que trabalham dia e noite para te manter bem informado. Dia e noite.
     Antes de você apontar o dedo para um jornalista, acusando-o de fazer alguma barbaridade, recorde-se de todas as barbaridades que você já fez para defender sua ideologia, sua religião, seu "jeito de ser", sua profissão, etc.
     Antes de xingar o redator por ter errado alguma palavra por digitação ou por falta de coesão, corrija-o com sabedoria, pois pode ter passado despercebido por conta da pressão do tempo para a publicação da matéria.
     Vejo a todo momento alguém criticando, falando mal dos jornalistas. Isso aos poucos me deixa irritada, pois não entendo como o ser humano não consegue se colocar no lugar do outro. Sei que cobranças existem, mas é impressionante como algumas profissões, incluindo o jornalismo, são muito mais cobradas. É natural que sejam, já que é algo que mexe com o ser humano, que pode mudar a vida das pessoas. Contudo, uma das profissões mais perigosas de se exercer no Brasil é o jornalismo, chegando a ser comparado com países em guerra. Não é possível que ninguém tenha a coragem de se pronunciar a favor de nós, que sofremos em prol de ajudar a população.

No dia 19 de abril foi meu aniversário. São 20 anos que eu vim ao mundo, e sei que cada dia valeu a pena.
Nasci numa sexta-feira, em 1996. Minha mãe costuma dizer que nasci tão rápido que a médica quase que não consegue me segurar.
Desse dia para cá muitas coisas aconteceram. Cresci apaixonada pela vida, com um sorriso no rosto e com a magia de brincar com qualquer coisa que eu visse na minha frente. No meu primeiro dia na pré-escola (eu já ia fazer 5 anos), chorei como qualquer criança, com medo de ficar longe da mãe. Até me acostumar.
Aprendi a ler naquele mesmo ano, e nasceu aí uma nova paixão: as letras. Aprendia as coisas extremamente rápido e com facilidade, ao ponto de uma professora chegar a dizer que poderia haver a possibilidade de eu cursar a 1ª e 2ª séries em um ano só, mas que seria muito puxado e confuso para uma criança de 7 anos. Foi melhor assim, pois pude contemplar a maravilha de desfrutar cada fase da minha vida escolar (mesmo que em alguns momentos eu estivesse de saco cheio de tanta "zoação com a minha cara" sem eu ter feito nada). Aos 12 anos, aprendi uma dura lição: nem todos vão gostar de você, e alguns ainda terão a capacidade de querer te ver destruída, diminuída, para se sentir por cima.
Foi nessa fase também que passei de uma criança extremamente extrovertida ao extremo da timidez. Tinha poucas amigas, conversava pouco, tinha vergonha de dançar na frente dos outros - e olha que eu dançava Ragatanga no meio da rua! - e vivia isolada no meu mundinho.
Na escola sempre fui a "aluna exemplar", mas aos 14 anos comecei a provar um pouco do que era o mundo dos "populares". Tinha vários amigos na minha rua, tinha um namoradinho, que eram o tema principal dos meus textos para este blog. Aprendi que eu teria várias desilusões amorosas e com amigos (que seriam temas de textos meus), coisas inevitáveis na vida e que teriam que ser superadas.
Nessa idade também contemplei a felicidade de me encontrar com Jesus, e Ele transformar minha vida. Conheci-O, adorei-O e até hoje Ele é o centro de minha vida.
A partir daí, voltei a ser uma garota extrovertida, engraçada, sincera e feliz. Nessa época também conheci o garoto que hoje é meu esposo. Éramos amigos, e o engraçado é a maneira que eu o recebia toda vez que o via, gritando no meio da rua "e aeeeeeee carinha da formatura!" (quem não conhece essa história clique aqui).
Dentre essas reviravoltas que ocorriam dentro de mim, eu já não tinha mais namorado, dispensava todos (ou a maioria) dos pretendentes, tinha as amigas essenciais, que não me abandonaram numa crise emocional que tive ao "perder" muitos amigos, e passei a escrever com mais frequência, sobre diversas coisas, sobre minha vida, relatos esses que fazem parte disso aqui.
Aos 17 anos, estava terminando o Ensino Médio, comecei a namorar um rapaz cristão, e de repente comecei a ter uma crise de identidade. Não sabia mais o que queria, nem em que acreditar, nem ao menos quem eu era. Tudo relatado aqui. Eram altos e baixos, eu não entendo até hoje como isso aconteceu, pois eu era muito segura de mim mesma e corajosa, e do nada passei a me introverter de novo, tornando-me medrosa, insegura e frágil. Foi quando meu relacionamento ruiu, o que me deixou extremamente triste.
Nessa altura eu já havia começado a faculdade de jornalismo, já tinha 18 anos. Foi quando eu reencontrei o "carinha da formatura". Ele me pediu em namoro, e menos de um ano depois estávamos casados e felizes. Algumas discussões - coisa normal entre qualquer casal - me deixavam na bad, mas ele sempre sabe como me fazer feliz de novo.

Hoje tenho 20 anos, sou casada, trabalho e estudo, estou à procura de estágio. Cada fase da minha vida me ajudou a me tornar a pessoa que sou hoje. Por isso sou grata a Deus.

A Páscoa é uma data comemorativa celebrada no mundo inteiro. Feriado, momento de almoçar com a família, comer peixe, presenteá-los com ovos de chocolate... espera aí. Que história é essa?

     E de repente, chega dezembro. Aquela sensação de "como o ano passou rápido" nos preenche nesse momento, mesmo que tenhamos passado o ano inteiro reclamando que "o fim de semana não chega nunca", "as férias estão tão longe ainda", "a segunda-feira não termina" e diversos outros clichês.
     Dezembro é mês de férias da escola e faculdade, de recesso em algumas empresas (e em outras, trabalho à todo vapor), de festas e de reflexão.
     Sempre que chega essa época do ano, eu paro e penso: o que eu fiz neste ano? O que valeu à pena, e no que eu errei? Sabe aquela retrospectiva que passa na TV? Então... Ela tem que ser feita não apenas com acontecimentos de interesse público, mas com a sua vida também. Esse instante de meditação ajuda a perceber quantos momentos felizes você viveu, ainda que tenha passado o ano inteiro reclamando que nada aconteceu, ou que apenas desgraças vieram sobre sua cabeça.
     Que seja muito bem-vindo este dezembro, e que seja feito de muita felicidade. Que as promessas e planos que fazemos para os ano vindouro sejam concretizados, e acima de tudo, que nosso Senhor Jesus nos guie em Seu caminho, ajudando-nos com as escolhas que teremos que tomar todos os dias. Vamos festejar o Natal comemorando Seu nascimento, e o Ano Novo, comemorando uma nova oportunidade de relembrar e recomeçar.

Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Efésios 6:2-3

Há alguns dias vivi uma experiência, digamos assim, desesperadora. Deus, quando quer falar conosco, pode muito bem usar outras formas além de Sua palavra, porque Ele é Deus e faz o que lhe aprouver.

Tive um sonho, numa noite. Sonhei com minha família toda reunida, dando risada, se divertindo. Estávamos felizes. De repente, vejo meu pai nos olhando, e do nada chorando, dizendo ter câncer. Acordei aflita, com o coração pesado, com medo. Eu tinha ideia de que sofreria muito se perdesse minha mãe, mas não fazia muito caso se o mesmo acontecesse ao meu pai. Percebi ali que deveria honrá-lo assim como faço com minha mãe. Por mais erros que ele cometa, ainda é meu pai, e eu hoje sei o quão difícil seria se algo acontecesse com ele.

Graças a Deus, meu pai não tem câncer como no meu sonho. Mas e aí? Tive que esperar algo terrível assim (ainda que fosse só um pesadelo) para abrir meus olhos para a realidade de que eu devo honrar meu pai. E com você, que deve estar lendo essa postagem? Acha que afrontando seus pais, falando mal deles, desrespeitando-os, você está certo e eles errados? Um dia perderemos nossos pais. Quando é que vamos aprender a valorizá-los? Quando for tarde demais?

Como cristã e como ser humano, deixo para vocês essa reflexão.

     Numa cidade como São Paulo, a correria é algo monótono. Se pararmos para prestar atenção no que ocorre ao nosso redor, perceberemos que o agito já não é tão dinâmico.

     Na Rua Vergueiro, que mais parece avenida, por volta das 9h50 da manhã, o termômetro marcava 21ºC. No relógio de rua sempre há alguma publicidade. Hoje, 7 de novembro, o famoso Maracugina - que te deixa calminho, calminho... - dividia espaço com a costumeira vlogger que faz tutoriais de maquiagem no YouTube. Digo costumeira porque todos os dias vejo o rosto bonito daquela mulher estampado no mesmo lugar.

     O frio que senti foi se dissipando ao me localizar estrategicamente em um ponto onde batia um pouco de sol. Reparei no tédio que senti da correria de pessoas que passavam por mim, com destino à faculdade, ao trabalho, ao Centro Cultural, etc, que diferentemente das suposições da maioria, a vida tranquila é o que surpreende.

     Em meio ao estresse do cotidiano, fumantes buscam se acalmar ingerindo fumaça tóxica e soltando ao vento, como se ninguém se incomodasse com aquilo. A correria é egoísta.

     Dez minutos se passaram. O termômetro passou a marcar 22ºC. Ciclistas passavam, carros então... mas dois fatos me chamaram a atenção. O primeiro, um carro daqueles pequenos, esses compactos mesmo que estão vindo com tudo, numa cor bem exótica: laranja metálico. O segundo, a quantidade de táxis às 10h. Eu sequer perceberia tal excentricidade se não tivesse que largar o meu medo da rua e observar o que não conheço bem.

Estive refletindo sobre essa frase. Engraçado, ela ainda leva em consideração que o homem pode ser bom. Afinal, que bondade há no coração humano? Na língua humana? Na mente humana? Eu não creio que haja.

Pois bem. Veja uma mulher considerada boa no conto intitulado Negrinha, de Monteiro Lobato. Qual a ideia de "bondade" você tem no ser humano? Se esse era o protótipo de pessoa boa daquela época, em que deveria eu me basear para dizer que uma pessoa é boa hoje?

Sempre ouvi aquela famosa frase "tem crente que só faz coisa errada e ateu gente boa". Hoje eu discordo. Se há alguém que se ache bom, este é arrogante e orgulhoso. Com religião ou sem, o homem é mau.

Na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, ele diz claramente que ainda que sejamos "crentes", não somos melhores que os outros porque toda a humanidade está debaixo do pecado. Ele mostra a quantidade de maldade que temos dentro de nós:

Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer.Não há ninguém que entenda;Não há ninguém que busque a Deus.Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só.A sua garganta é um sepulcro aberto;Com as suas línguas tratam enganosamente;Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;Cuja boca está cheia de maldição e amargura.Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.Em seus caminhos há destruição e miséria;E não conheceram o caminho da paz.Não há temor de Deus diante de seus olhos.
Romanos 3:9-18

Podemos nunca ter matado alguém, mas se já sentimos ódio, em nosso coração matamos. (Mateus 5:21-22)
Um homem pode nunca ter se deitado com outra mulher que não fosse sua esposa, mas se olhou para outra e a desejou, cometeu adultério em seu coração. (Mateus 5:27-28)
E eu andei pesquisando sobre a vida do autor da frase e descobri que ele se separou da esposa e se casou com outra. Não importa se você pensa que isso não é mau, diante de Deus e diante dos que creem na Bíblia, é errado, é mau, é adultério também. (Mateus 5:31-32)
Já ouviu aquela frase mais do que clichê que todos dizem? "Amo quem me ama" e que se exploda quem o odeia? Pois é, isso também é mau. (Mateus 5:43-47)

Para ser bom, é preciso ser perfeito. Quem é perfeito neste mundo?
Somos sim, capazes de ter atos de bondade. Se os próprios presos espancam estupradores e pedófilos (segundo relatos populares), mas ainda assim são capazes de fazer outras maldades, por que pensamos nós que podemos ser bons, se também somos capazes e fazemos coisas más?

Só somos capazes de sermos bons e perfeitos através de Jesus Cristo e Seu sacrifício na cruz. Aliás, foi uma ordenança que Ele nos deixou no início de sua vida ministerial: "Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai, que está nos céus." Mateus 5:48. Logo, o que precisamos para sermos bons e perfeitos? Espelhar-nos em Cristo, que foi bom e perfeito entre os homens, seguir Seu exemplo e obedecer Suas palavras.

Cães adestrados? Até podemos ser, mas através da mudança de natureza que apenas em Cristo podemos ter. É preferível ser um cão adestrado a ser um lobo em pele de cordeiro.

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 2 Coríntios 5:17

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." Gálatas 2:20

Como os versículos dizem, Cristo está VIVO, e vive em nós. Mas como?
Quando cremos na morte e ressurreição de Jesus, cremos que Ele morreu pelos nossos pecados e nos arrependemos deles, o Espírito de Deus passa a habitar em nós, levando-nos a conhecer cada vez mais o Deus que se fez homem. As Escrituras Sagradas testemunham dEle desde Gênesis. Mas para quem não O conhece, quem pode testemunhar a VIDA de Jesus?

Quando nos olhamos no espelho, quem vemos? Estamos ficando parecidos com nosso Senhor? Esta é a reflexão que me essa imagem me traz. E é através do Espírito Santo que habita em nós e da Bíblia que testemunha de Cristo que podemos comparar para chegar às conclusões desta reflexão.

Jesus foi perfeito e irrepreensível, sem pecado. Nunca chegaremos a ser Ele, mas quanto mais parecidos, melhor é para testemunho, para ser luz neste mundo e principalmente para agradar a Deus.

Logo, o primeiro passo é buscar o conhecimento de quem é esse Jesus. Segundo, comparar-nos com as Escrituras. Terceiro, arrependimento pelos pecados que cometemos e que nos impedem de sermos mais parecidos com o Senhor. Claro, tudo com oração, súplica e agradecimentos. Afinal de contas, fomos agraciados por um sacrifício que paga o que nunca poderíamos ter pago para nos achegarmos a Deus.

Eu quero me olhar no espelho e me ver mais parecida com o Mestre.

Não permitam que a maldição do vício em bebidas alcoólicas entre em suas vidas. Essa porcaria não destrói só a quem bebe, mas a quem está em volta. A família, as pessoas que realmente te amam. Seus belos amigos te levam pra beber? Cai fora. Esses são os que realmente menos se importam com você. Esses são os falsos que só estão ao seu lado na hora da bebedeira, na hora da farra. Mas quando vocês estiverem doentes, numa cama de hospital, talvez em coma alcoólico, quem estará lá? A família que você destruiu com seu maldito vício. As pessoas que te amam mas que você só soube machucar com seus atos e palavras ditas por "estar alto".

Sim, toquem em suas consciências, antes que seja tarde demais, e vocês vejam ou sejam os causadores da cena que vi hoje.

Agora que estamos em junho, às vésperas da Copa do Mundo, decidi me posicionar sobre este assunto que se tornou polêmico. Acompanhei, de certa forma, as motivações e os argumentos utilizados por aqueles que são favoráveis e os que são contra o evento no Brasil, e já sei como vou agir.

Primeiramente, vejo que o movimento #NãoVaiTerCopa não conseguirá chegar ao seu objetivo, mas continuam fazendo manifestações. Como muitos disseram, "deveriam ter protestado em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo...". Já é tarde, bem ou mal os estádios estão (quase) prontos, os gastos estão feitos e as seleções estão à caminho.

Em seguida, o outro extremo defende a ilusão de que tudo será perfeito, que a festa será linda, quando a casa está uma bagunça e os preparativos mal feitos, não-acabados e improvisados.

Há também os que apenas querem aproveitar os jogos e torcer como todas as vezes fizeram; têm noção da situação de nosso país, não são "alienados" como alguns aderentes ao movimento contra a Copa querem fazê-los parecer, mas querem manter uma tradição, e eu não vejo mal nenhum nisso.

No entanto, apesar de não gostar da ideia de haver tantas coisas mal explicadas que envolvem esse campeonato mundial, já o aceitei, sem rebeldias, mas também sem aquele entusiasmo das edições anteriores. Assistirei aos jogos pela televisão, com minha família, amigos, namorado; aproveitarei as férias maiores, buscarei orar para que não aconteça nenhuma tragédia e focarei em outro evento que fará maior diferença no país: as eleições.

Porque a Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil será a mais insípida de todas as edições.

Eu olho ao meu redor e vejo pessoas ocupadas demais com ostentação de roupas de marca, celulares de última geração, videogames recém-lançados. Mulheres que só olham para homens que tenham algo de valor monetário - carros, joias, dinheiro - para lhe oferecer. Homens que só olham para mulheres que abusam da sensualidade e vulgaridade, que sejam apenas corpos bonitos para ativar seus instintos sexuais.
Vejo pessoas defendendo com ardor seus respectivos times de futebol, chegando a ofender para mostrar a superioridade de tais clubes. Vejo ameaças de morte por causa de discordância de ideologias políticas, e uma nação inteira parar por causa de um beijo homo afetivo na novela, e a polêmica que isso causou.
Vejo a intolerância dos grupos que se autodenominam "minoria" e têm um discurso de "abaixo à intolerância", e também uma incrível cara-de-pau de líderes religiosos se aproveitando de seus fiéis.
Vejo tudo isso e penso no que nos espera na reta final de nossas vidas. Há tanta futilidade em querer se preencher com coisas materiais... elas não ocupam o vazio que existe em cada coração. Há tanta inutilidade em viver e morrer por algo que não te recompensará em nada no final... E, finalmente, há tanta hipocrisia em não dar o que se espera receber, em não agir conforme seus discursos, sejam políticos, ideológicos ou religiosos...
Mas nós somos seres humanos. Esta vida é pouca para desperdiçarmos com futilidades, inutilidades e hipocrisias; todavia, somos todos fúteis, inúteis e hipócritas em algum aspecto. Ainda que você se ache simples, acaba admirando as pessoas que têm uma vida "melhor" do que a sua. Ainda que você lute contra seus instintos, eles ainda estão ali para te causar tentações. Ainda que você não torça para nenhum time de futebol, sempre vai acabar zombando de algum, ou até mesmo as mulheres, prestando atenção naquela roupa ou naqueles sapatos de grife... Mesmo que você não assista novela, existe uma infinidade de entretenimento na TV, na internet e videogames. Mesmo que você tente ser tolerante, sempre haverá algo na sociedade que venha a te causar alguma aversão. Mesmo que você se considere fraco e pecador, sempre haverá alguma situação na qual você se colocará como vítima para se dar bem. Somos tudo o que abominamos.

Uma hora da tarde, e eu tendo que sair de casa em direção ao curso de informática. Detalhe: o dia está nublado e a chuva não para de cair. Deixe-me ver se nada esqueci: o material está na mochila, as chaves e o celular no bolso. Onde estão os fones de ouvido? Não faço a menor ideia. Vou sair sem eles, não posso me atrasar. Pego o guarda-chuva e saio.

[...]


A vida debaixo do guarda-chuva não é nada fácil; não é a toa que odeio sair com o tempo assim. Enquanto a água cai do céu sem cessar, tenho que manobrar o guarda-chuva de acordo com o vento, para que ele não venha a quebrar e nem a me molhar inteira.
Percebem? Desde pequenos somos treinados a fugir da água da chuva. Usamos botas (amo botas) para não molharmos os pés, andamos atentos com as poças d'água que se formam no chão para não pisarmos nelas,evitamos a beira da calçada para que nenhum motorista louco nos jogue água... aquela que fica acumulada no canto, que vai para os bueiros, sabe?
A água cai, e ficamos prisioneiros do guarda-chuva. Sem ele, ficamos completamente ensopados e ainda podemos ficar doentes. Com ele, ainda nos molhamos, nos atrapalhamos (talvez este seja só eu, desastrada que sou), somos limitados em nossos movimentos...
Oh! Quão difícil é a vida debaixo do guarda-chuva...