O tédio da correria

     Numa cidade como São Paulo, a correria é algo monótono. Se pararmos para prestar atenção no que ocorre ao nosso redor, perceberemos que o agito já não é tão dinâmico.

     Na Rua Vergueiro, que mais parece avenida, por volta das 9h50 da manhã, o termômetro marcava 21ºC. No relógio de rua sempre há alguma publicidade. Hoje, 7 de novembro, o famoso Maracugina - que te deixa calminho, calminho... - dividia espaço com a costumeira vlogger que faz tutoriais de maquiagem no YouTube. Digo costumeira porque todos os dias vejo o rosto bonito daquela mulher estampado no mesmo lugar.

     O frio que senti foi se dissipando ao me localizar estrategicamente em um ponto onde batia um pouco de sol. Reparei no tédio que senti da correria de pessoas que passavam por mim, com destino à faculdade, ao trabalho, ao Centro Cultural, etc, que diferentemente das suposições da maioria, a vida tranquila é o que surpreende.

     Em meio ao estresse do cotidiano, fumantes buscam se acalmar ingerindo fumaça tóxica e soltando ao vento, como se ninguém se incomodasse com aquilo. A correria é egoísta.

     Dez minutos se passaram. O termômetro passou a marcar 22ºC. Ciclistas passavam, carros então... mas dois fatos me chamaram a atenção. O primeiro, um carro daqueles pequenos, esses compactos mesmo que estão vindo com tudo, numa cor bem exótica: laranja metálico. O segundo, a quantidade de táxis às 10h. Eu sequer perceberia tal excentricidade se não tivesse que largar o meu medo da rua e observar o que não conheço bem.

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A dona do blog




Andressa Soriano, 28 anos, São Paulo SP - Brasil.
Cristã, casada, formada em Jornalismo. Apaixonada pela Palavra de Deus, por livros, músicas, pela arte de escrever e criar conteúdo, pelo idioma espanhol.
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