Resenha #15 | A Menina Que Roubava Livros

Título: A Menina que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Gênero: Ficção, Drama, Romance
Nacionalidade: Australiana
Título original: The Book Thief
Tradução: Vera Ribeiro
Editora/Edição: Editora Intrínseca / 3ª edição
ISBN: 978-85-8057-451-7
Nota: 10/10








Obra do escritor australiano Markus Zusak, A Menina Que Roubava Livros conta o drama vivido pela jovem Liesel Meminger na Alemanha Nazista, durante o período da Segunda Guerra Mundial. Liesel é separada de sua mãe biológica, e seu irmão morre tragicamente. No enterro, a menina de nove anos descobriu um livro perdido, "O Manual do Coveiro", e roubou-o.

Acompanhada de guardas, foi levada para a residência dos Hubermann, casal que a adotou. Eles viviam numa rua chamada Himmel (que significa "céu"). Desde então, a menina criou laços profundos com seu novo pai, Hans, e sua nova mãe, Rosa, além de um vizinho maluco que era apaixonado por ela, Rudy Steiner. Com ele, ela viveu muitas aventuras nesse período de infância e começo de adolescência. Como passavam fome, muitas vezes roubaram frutas e legumes. Contudo, Liesel gostava mesmo era de roubar livros da biblioteca da esposa do prefeito, Ilsa Hermann.

Dado um certo momento, Hans passa a abrigar um judeu no porão de sua casa, chamado Max Vandemburg. Desde então, todos da casa tinham que tentar agir o mais naturalmente possível, para que ninguém percebesse e denunciasse tal ato.

Rosa não era uma mãe das mais delicadas e carinhosas, chamava a todos de "Saumensch" (porca), "Saukerl" (porco) e outros xingamentos alemães. Mas o enredo mostra que ela tem um coração.

Liesel tinha muitos pesadelos à noite por conta da morte de seu irmão. Seu pai, Hans, todas as noites ía ao seu quarto, para acalmá-la. Numa dessas madrugadas, ele descobriu o livro roubado, além de que sua filha não sabia ler, e decidiu ensiná-la. Foi então que, com muita dificuldade, a menina aprendeu. Isso abriu as portas para vários aprendizados e novos furtos.

O interessante dessa história é que, primeiramente, quem narra é a Morte. Essa narradora inusitada dá vários pontos de vista impensáveis sobre o que ela é e representa. Em segundo lugar, a riqueza de detalhes que o autor utilizou para mostrar o pano de fundo histórico, com descrição do exército nazista, da juventude hitlerista, dos bombardeios, do pânico dos civis, das histórias de homens que eram convocados para a guerra, e alguns voltavam, ainda que muitas vezes mutilados, mas outros não. E, claro, das mortes, de todos os que a pobre Liesel amava, e como ela foi salva por um livro: o que ela mesma escrevera.



No início da leitura, tive um pouco de dificuldade por conta dos vários trechos e termos em alemão. Mas o próprio autor teve a sensibilidade de informar os significados, e com o tempo foi ficando mais fácil prosseguir com a leitura com compreensão. Quando se adquire um bom ritmo de leitura, a história te prende de tal maneira que você não consegue mais parar. Muito se dá por conta da narração leve, que deu à Morte uma personalidade humana.



Um dos livros mais vendidos dos últimos anos, principalmente pelo The New York Times, "A menina que roubava livros" virou um filme, que também fez muito sucesso.

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A dona do blog




Andressa Soriano, 27 anos, São Paulo SP - Brasil.
Cristã, casada, formada em Jornalismo. Apaixonada pela Palavra de Deus, por livros, músicas, pela arte de escrever e criar conteúdo, pelo idioma espanhol.
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