Desabafo: Eu saturei da série de livros da Anne
Oi, gente! Tudo bem com vocês?
Mês passado eu lancei a resenha do livro Rilla de Ingleside, que fecha um ciclo na série de livros da Anne (de uma forma incrível, por sinal). Além disso, sei que ainda pretendo escrever uma resenha pra cada livro que eu já li dos cinco livros seguintes da série, mas antes disso deixei um desabafo nas minhas redes sociais sobre eles que explica muito a minha demora em terminar a série de livros e em ter simplesmente me empanturrado de outras leituras paralelas.
E antes que me digam que sou incongruente porque no início eu ficava panfletando a série e agora estou falando mal, eu simplesmente digo que não estou falando mal. É uma crítica que muitas séries de TV também recebem quando esticam demais a história e ela perde o sentido e a qualidade. Mas no caso da série de livros da Anne, além disso, se tornou cansativo ler por conta dos capítulos exageradamente grandes. Isso me deixa desapontada de certa forma, porque se tivesse acabado em Rilla de Ingleside, teria sido perfeito. E os livros seguintes nem contam mais a história da família Blythe, mas de conterrâneos deles, do universo criado pela autora.
Para quem ainda não viu o vídeo, subi também no YouTube e você pode conferir aqui:
Resenha #57 | Outros jeitos de usar a boca
Título: Outros jeitos de usar a boca
Autora: Rupi Kaur
Gênero: Poesia
Nacionalidade: Norteamericano
Título original: Milk and honey
Tradução: Ana Guadalupe
Editora: Planeta
ISBN: 9788542209303
Nota: 10/10 + ❤️
Os poemas de Outros jeitos de usar a boca são lindos, tocantes, sensuais e empoderadores. São sensíveis, demonstram força, demonstram fraqueza, demonstram uma alma desnuda e derramada em palavras e frases e linhas e desenhos.
O livro se divide em quatro partes: a dor, o amor, a ruptura e a cura. No primeiro, a autora narra sua história familiar. Aparentemente, ela não tinha uma relação muito saudável com o pai, o que pode ter afetado a forma como ela via os relacionamentos. O segundo, ela se apaixona, e é tudo tão intenso que você se sente no meio desse furacão. O terceiro, a relação amorosa acaba, e o sentimento é realmente de fim de relacionamento: difícil de lidar, difícil de entender, de seguir em frente. E por fim o quarto, que é quando ela supera tudo isso, e já consegue se valorizar mais.
É uma leitura muito gostosa e fácil, nos deixa imersos às sensações que a autora proporciona com suas palavras. É uma experiência única.
Resenha #56 | Rilla de Ingleside
Título: Rilla de Ingleside
Autor: Lucy Maud Montgomery
Gênero: Romance
Nacionalidade: Canadense
Título original: Rilla of Ingleside
Tradução: Rafael Bonaldi
Editora: Ciranda Cultural
ISBN: 9786555002973
Nota: 10/10
Rilla de Ingleside é simplesmente um dos melhores livros dessa série. Não poderia começar essa resenha de outra forma. Aqui, Rilla, que é a filha caçula da Anne, começa a história com quase 15 anos. Ela era apenas “uma jovem, frívola e tola”, como ela mesma se auto descreve na história. E estava começando a desabrochar para a vida e para o amor. Em seu primeiro baile da vida, acontecem muitas coisas que vão marcá-la para sempre: um flerte, alguns momentos embaraçosos e o anúncio do começo da Primeira Guerra Mundial.
No decorrer dos quatro anos seguintes, Rilla começa a viver coisas que jamais imaginaria, passar por sofrimentos que a fizeram amadurecer e se tornar uma mulher forte, responsável e resignada. A adolescente fútil deu lugar à mulher que educou um filho da guerra (e passou a amar uma criança, coisa improvável para ela), irmã que aprendeu com o luto e uma grande líder para o grupo da cruz vermelha que ela participava.
Não posso deixar de mencionar dois pontos extremamente emocionantes. O primeiro é a espera fiel do Segunda-feira (cachorro da família Blythe) por seu humano Jem, que foi para a guerra e só voltou quatro anos depois. A forma como ele ficou parado na estação de trem da cidade e recepcionava cada trem fez lembrar do filme “Sempre ao seu lado”. Mas, nesse caso, ainda bem, o final foi feliz, e o Segunda-feira pôde reencontrar seu dono.
O segundo já não é tão feliz. Walter Blythe, o segundo filho de Anne, morreu na guerra. A história dele é simplesmente linda. Em Vale do Arco-Íris, ele termina o livro falando sobre um flautista e sua canção que chamava para uma grande batalha. Era uma espécie de profecia que foi revelada a Walter quando ainda era uma criança. E quando a guerra estoura no livro Rilla de Ingleside, ele volta a mencionar o Flautista. Ele temia ir à guerra, mas sabia que era seu destino, era inevitável. Então, ele atendeu a esse chamado, escreveu o poema “O Flautista”, que foi publicado, escreveu sua última carta para Rilla, sentindo que sua hora estava chegando. E deu sua vida lutando pela paz.
Esse livro me fez refletir sobre a guerra, sobre a vida, sobre a morte. Me emocionou, me fez sofrer, me fez crescer. E ver como Rilla evoluiu, e como ela amadureceu. Como o sofrimento muitas vezes nos faz pessoas melhores.
Minhas considerações são: leiam Rilla de Ingleside. Claro, vocês terão que ler todos os livros anteriores. Mas vai valer a pena.
Conhecendo meu acervo | Tag Literária
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Declaro aberta a temporada de tags literárias aqui no Hospedaria de Palavras! A partir de agora, vou tentar trazer uma tag literária por mês por aqui. Espero que gostem!
Vou começar por essa tag que eu vi no blog Tamaravilhosamente, que viu no blog Estante da Pipoca, e eu prometi que ia fazer (já que a Tamara disse que seria minha cara 😂).
Antes de mais nada, quero só aclarar aqui que estou levando em conta apenas meus livros físicos neste post, os e-books no Kindle e no Skeelo não vou colocar aqui porque vocês se assustariam com a quantidade (já vão se assustar com a quantidade de livros físicos kkkkkkk - ou não...)
Então vamos lá!
1. Qual a lombada mais chamativa do seu acervo de livros?
Com certeza Lady Killers. Ouso dizer que é o livro da capa mais bonita que eu tenho também.
2. Quantos livros seu acervo possui?
137 livros dos que eu contei. Mais 2 que estão emprestados e eu nunca mais vi. 😢
3. Conte os livros em ordem até o 15. Qual é o livro? Fale um pouquinho sobre ele.
Na ordem que eu arrumei meus livros recentemente, o 15º é o Anne de Avonlea. Ele dispensa apresentações, né? Fiz uma resenha completa aqui no blog, além de uma resenha geral dos 6 primeiros livros da série em vídeo no YouTube. 😉
4. Conte os livros em ordem até o 20. Qual é o livro? Fale um pouquinho sobre ele.
Já o 20º é um livro que da primeira vez que eu li, eu não consegui me prender à história e acabei abandonando, mas quando dei uma segunda chance, me surpreendeu muito positivamente. É O Grande Gatsby, que também tem resenha aqui no blog.
5. Escolha um livro com a lombada branca e fale um pouco sobre ele.
Nem tenho palavras pra falar dessa maravilha da literatura que é O Diário de Anne Frank. Aliás, tenho sim. Tanto que fiz duas resenhas dele, uma foi a primeira resenha que eu fiz aqui no blog, e outra foi a resenha dessa edição da foto.
6. Como você costuma organizar seus livros?
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E você que é bookstan, mostra também seu acervo! Deixa aqui embaixo nos comentários o link do post ou do vídeo pra que eu possa ver 😉💖