A vida debaixo do guarda-chuva.

Uma hora da tarde, e eu tendo que sair de casa em direção ao curso de informática. Detalhe: o dia está nublado e a chuva não para de cair. Deixe-me ver se nada esqueci: o material está na mochila, as chaves e o celular no bolso. Onde estão os fones de ouvido? Não faço a menor ideia. Vou sair sem eles, não posso me atrasar. Pego o guarda-chuva e saio.

[...]


A vida debaixo do guarda-chuva não é nada fácil; não é a toa que odeio sair com o tempo assim. Enquanto a água cai do céu sem cessar, tenho que manobrar o guarda-chuva de acordo com o vento, para que ele não venha a quebrar e nem a me molhar inteira.
Percebem? Desde pequenos somos treinados a fugir da água da chuva. Usamos botas (amo botas) para não molharmos os pés, andamos atentos com as poças d'água que se formam no chão para não pisarmos nelas,evitamos a beira da calçada para que nenhum motorista louco nos jogue água... aquela que fica acumulada no canto, que vai para os bueiros, sabe?
A água cai, e ficamos prisioneiros do guarda-chuva. Sem ele, ficamos completamente ensopados e ainda podemos ficar doentes. Com ele, ainda nos molhamos, nos atrapalhamos (talvez este seja só eu, desastrada que sou), somos limitados em nossos movimentos...
Oh! Quão difícil é a vida debaixo do guarda-chuva...




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A dona do blog




Andressa Soriano, 27 anos, São Paulo SP - Brasil.
Cristã, casada, formada em Jornalismo. Apaixonada pela Palavra de Deus, por livros, músicas, pela arte de escrever e criar conteúdo, pelo idioma espanhol.
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