Hospedaria de Palavras: Desabafos

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Pátio da E.E. Profª Maria Odila Guimarães Bueno, 02/10/2016.

Nostalgia de tempos bons, que não voltam mais. Tempos de escola, de infância, das brincadeiras. De sentir o cheirinho da merenda e contar os minutos para o recreio, para poder comer e brincar com nossos amiguinhos.

Saudade da educação física que ensinava coreografias de músicas bem conhecidas para a criançada dançar. Das festas juninas, do chapéu de palha e do vestido de chita, do batom vermelho nas bochechas fingindo ser blush, e dos pingos pretos feitos dentro dessa parte avermelhada com lápis de cor preto com a ponta molhada, já que não tinha lápis de olho. E a pescaria, e a boca do palhaço, o bolo, o cachorro-quente e a pipoca. O refrigerante, e as prendas que os alunos davam de graça para comprar na festa depois. E o concurso Miss e Mister Caipira, que eram os alunos que mais vendiam as rifas e tinham o direito de serem o noivo e a noiva da quadrilha. Confesso que sempre quis ser Miss Caipira, mas nunca fui.

Ah, e aquele menininho que fazia você suspirar, o que hoje chamamos de crush. E eram aqueles sonhos de quando vocês fossem adultos, vocês seriam namorados e ficariam juntos para sempre.

Também tem aquela empolgação que toda criança fica em época de eleição, de poder pegar aquele monte de papel dos candidatos, conhecido em São Paulo como "santinhos", e jogar para o alto, quase como o Silvio Santos faz com o dinheiro em seus programas de TV.

Mais legal do que isso era assistir seus desenhos preferidos na TV, desde os super heróis até os clássicos Tom & Jerry, Pica-Pau, Scooby-Doo e Mickey. Almoçar assistindo Super Choque antes de ir para a escola.

E as lições eram bem mais fáceis: fazer numerais, responder perguntas simples sobre um texto voltado ao universo infantil, continhas, História do Brasil, etc. Fora o Hino Nacional, que tínhamos que cantar uma vez por semana, com bandeira e tudo. E ai de quando erravam a letra, era bronca na certa na sala de aula!

Foram tempos muito bons, quando o riso era fácil, o sorriso era sincero e as mágoas facilmente esquecidas. Quando o calor era mais ameno, o frio não era tão doído, e a primavera mais colorida (porque tínhamos mais tempo para observá-la). Crescer nem sempre é fácil, mas temos que aprender que a vida continua. Ela não vai parar. E nós temos que seguir em frente. Olhar para trás nem sempre é errado, muitas vezes é importante para não repetirmos os mesmos erros. E também para ficar naquela nostalgia.

"O que você tem?", me perguntam o tempo todo. Sempre respondo um "nada", com tristeza no olhar. Mas esse "nada" nem sempre é nada. O problema é que eu não sinto verdade na preocupação das pessoas. A verdade é que eu estou cansada da atitude delas.

E então eu pergunto a vocês: se eu contasse todas as vezes em que eu chorei, de dia e de noite? Se eu falasse das tristezas que carrego no meu coração? O que você faria? Entenderia e tentaria me apoiar? Ou simplesmente menosprezaria os meus motivos e diria "isso não é nada, não é motivo para tristeza e choro"?

Pode deixar que eu respondo por vocês. Vocês com certeza responderiam com a segunda opção. Então, se o que eu sinto e os meus motivos de tristeza não são nada, por que me importunam quando eu simplesmente respondo "nada"? Pois para vocês é exatamente isso o que é. Nada. E talvez seja por isso que eu me fecho a cada dia mais. Ninguém se importa de verdade com o que passamos em nossas vidas, só estão interessados em fazer aquela média, fingir que se importam. É nesse momento em que me sinto sozinha.

Eu estou cansada disso. Estou cansada de menosprezarem meus motivos, minhas tristezas. Só Deus sabe o que se passa no meu coração, pois só Ele se importa de verdade. É só no Seu santo colo que eu consigo encontrar verdadeiro alento para o meu sofrer. As pessoas vêem minhas vitórias e conquistas, mas não sabem o quanto eu tenho que sofrer por cada uma. Ninguém compreende que o "vazio" dos motivos de minha tristeza não são "vazios" para mim.

Eu sei que existem pessoas em situações piores que a minha, mas o homem só olha para a aparência. Deus esquadrinha o coração. Eu me entristeço pela situação de cada uma dessas pessoas que passam fome, que não têm uma casa. Mas para os desavisados que acham que eu vivo num mar de rosas: as rosas têm espinhos. Jesus disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, EU venci o mundo". Se Ele mesmo disse que teremos aflições, por que eu estou isenta disso? Se minhas aflições são nos meus sentimentos, por que dizem que não é nada?

Tenho bom ânimo e olho para o meu SALVADOR, Aquele que me ama, nesses momentos de aflição e tristeza. Não é porque tenho Jesus que eu nunca ficarei triste. Mas o Consolador está comigo. Nisso eu creio.

Antes de você julgar um jornalista, imagine-se no lugar de um.
Antes de você dizer que eles são inconvenientes, que são todos manipuladores e que desejam apenas alimentar a "ideologia dominante", pare para pensar que ele é um ser humano igual a você, que é PAGO para correr atrás de informações importantes e interessantes para você, que para isso ele precisa perguntar, pesquisar, correr atrás de informações, para formar o seu senso crítico.
Antes de dizer que todos os funcionários de um determinado veículo de comunicação, seja canal de TV, estação de rádio, jornal ou revista específico, são aderentes à ideologia da empresa, pense que você está na empresa em que você trabalha mesmo sem concordar com diversas decisões que são tomadas.
Antes de querer linchar um jornalista, imagine-se no lugar dele, sofrendo violência ao exercer sua função.
Antes de sair vomitando seu ódio contra os jornalistas, imagine-se sem eles todos os dias, dando notícias sobre trânsito, transporte público, previsão do tempo, sobre a economia, a política, os esportes ou os eventos culturais que vocês gostam. Respeite-os como pessoas que trabalham dia e noite para te manter bem informado. Dia e noite.
Antes de você apontar o dedo para um jornalista, acusando-o de fazer alguma barbaridade, recorde-se de todas as barbaridades que você já fez para defender sua ideologia, sua religião, seu "jeito de ser", sua profissão, etc.
Antes de xingar o redator por ter errado alguma palavra por digitação ou por falta de coesão, corrija-o com sabedoria, pois pode ter passado despercebido por conta da pressão do tempo para a publicação da matéria.
Vejo a todo momento alguém criticando, falando mal dos jornalistas. Isso aos poucos me deixa irritada, pois não entendo como o ser humano não consegue se colocar no lugar do outro. Sei que cobranças existem, mas é impressionante como algumas profissões, incluindo o jornalismo, são muito mais cobradas. É natural que sejam, já que é algo que mexe com o ser humano, que pode mudar a vida das pessoas. Contudo, uma das profissões mais perigosas de se exercer no Brasil é o jornalismo, chegando a ser comparado com países em guerra. Não é possível que ninguém tenha a coragem de se pronunciar a favor de nós, que sofremos em prol de ajudar a população.

No dia 19 de abril foi meu aniversário. São 20 anos que eu vim ao mundo, e sei que cada dia valeu a pena.
Nasci numa sexta-feira, em 1996. Minha mãe costuma dizer que nasci tão rápido que a médica quase que não consegue me segurar.
Desse dia para cá muitas coisas aconteceram. Cresci apaixonada pela vida, com um sorriso no rosto e com a magia de brincar com qualquer coisa que eu visse na minha frente. No meu primeiro dia na pré-escola (eu já ia fazer 5 anos), chorei como qualquer criança, com medo de ficar longe da mãe. Até me acostumar.
Aprendi a ler naquele mesmo ano, e nasceu aí uma nova paixão: as letras. Aprendia as coisas extremamente rápido e com facilidade, ao ponto de uma professora chegar a dizer que poderia haver a possibilidade de eu cursar a 1ª e 2ª séries em um ano só, mas que seria muito puxado e confuso para uma criança de 7 anos. Foi melhor assim, pois pude contemplar a maravilha de desfrutar cada fase da minha vida escolar (mesmo que em alguns momentos eu estivesse de saco cheio de tanta "zoação com a minha cara" sem eu ter feito nada). Aos 12 anos, aprendi uma dura lição: nem todos vão gostar de você, e alguns ainda terão a capacidade de querer te ver destruída, diminuída, para se sentir por cima.
Foi nessa fase também que passei de uma criança extremamente extrovertida ao extremo da timidez. Tinha poucas amigas, conversava pouco, tinha vergonha de dançar na frente dos outros - e olha que eu dançava Ragatanga no meio da rua! - e vivia isolada no meu mundinho.
Na escola sempre fui a "aluna exemplar", mas aos 14 anos comecei a provar um pouco do que era o mundo dos "populares". Tinha vários amigos na minha rua, tinha um namoradinho, que eram o tema principal dos meus textos para este blog. Aprendi que eu teria várias desilusões amorosas e com amigos (que seriam temas de textos meus), coisas inevitáveis na vida e que teriam que ser superadas.
Nessa idade também contemplei a felicidade de me encontrar com Jesus, e Ele transformar minha vida. Conheci-O, adorei-O e até hoje Ele é o centro de minha vida.
A partir daí, voltei a ser uma garota extrovertida, engraçada, sincera e feliz. Nessa época também conheci o garoto que hoje é meu esposo. Éramos amigos, e o engraçado é a maneira que eu o recebia toda vez que o via, gritando no meio da rua "e aeeeeeee carinha da formatura!" (quem não conhece essa história clique aqui).
Dentre essas reviravoltas que ocorriam dentro de mim, eu já não tinha mais namorado, dispensava todos (ou a maioria) dos pretendentes, tinha as amigas essenciais, que não me abandonaram numa crise emocional que tive ao "perder" muitos amigos, e passei a escrever com mais frequência, sobre diversas coisas, sobre minha vida, relatos esses que fazem parte disso aqui.
Aos 17 anos, estava terminando o Ensino Médio, comecei a namorar um rapaz cristão, e de repente comecei a ter uma crise de identidade. Não sabia mais o que queria, nem em que acreditar, nem ao menos quem eu era. Tudo relatado aqui. Eram altos e baixos, eu não entendo até hoje como isso aconteceu, pois eu era muito segura de mim mesma e corajosa, e do nada passei a me introverter de novo, tornando-me medrosa, insegura e frágil. Foi quando meu relacionamento ruiu, o que me deixou extremamente triste.
Nessa altura eu já havia começado a faculdade de jornalismo, já tinha 18 anos. Foi quando eu reencontrei o "carinha da formatura". Ele me pediu em namoro, e menos de um ano depois estávamos casados e felizes. Algumas discussões - coisa normal entre qualquer casal - me deixavam na bad, mas ele sempre sabe como me fazer feliz de novo.

Hoje tenho 20 anos, sou casada, trabalho e estudo, estou à procura de estágio. Cada fase da minha vida me ajudou a me tornar a pessoa que sou hoje. Por isso sou grata a Deus.

Não é de hoje que se discute sobre a corrupção do poder público brasileiro. Todavia, desde as últimas eleições presidenciais em 2014, o clima político está cada vez mais insuportável. As campanhas presidenciais, principalmente da nossa presidente Dilma Rousseff, foram banhadas de mentiras e discursos fajutos para conquistar o voto dos eleitores. 

A verdade seja dita: nenhum dos adversários do 2º turno das eleições de 2014 mereciam o cargo que disputavam. O senador Aécio Neves está envolvido nesses escândalos de corrupção tanto quanto os membros do PT. 

Deixando esse passado de lado, chegamos em 2016 com uma crise jamais vista em nosso país. Um processo de impeachment correndo para derrubar Dilma, cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-presidente Lula quase sendo preso pela Operação Lava Jato. Uma planilha com mais de 200 políticos envolvidos com os esquemas da empreiteira Odebrecht. É, não está tranquilo, tampouco favorável. 

O que se pode esperar do cenário político brasileiro? Ainda que se diga que o juiz Sergio Moro é um herói e que a justiça está sendo feita, todo esse caos é pura e simplesmente disputa pelo poder. Ou vocês acham que o próximo a assumir a presidência da República não será mais um corrupto, ladrão do dinheiro público? São pouquíssimos os envolvidos na vida pública que não se envolveram com os escândalos (um deles adivinha quem? Tiririca, aquele a quem muitos criticaram por ter sido eleito e reeleito por ser um palhaço), mas desde quando o brasileiro presta atenção nessas coisas? Vamos eleger os mesmos corruptos de sempre, como o Maluf por exemplo. 

Não acredito que haverá uma revolução em nosso país. O ser humano é corrupto por natureza, o brasileiro carrega essa cultura corrupta e isso se reflete no poder do Estado brasileiro. Não adianta estar indignado com os bilhões que são roubados do dinheiro público, se nas menores coisas da vida as pessoas sempre querem "se dar bem" através de pequenas trapaças. Também não acredito na utopia de um Brasil ou um mundo melhor, sem crimes, sem caos. Pode ser que tenhamos futuramente uma falsa impressão de estabilidade e prosperidade, porém será exatamente isso: falsa. 

Logo, por mais que essa crise pareça ter passado, futuramente, ela na verdade só estará disfarçada. O crime sempre encontra um novo membro e um novo líder, um novo jeito de se reinventar. Minha visão crê apenas em Jesus como solução, pois o mundo jaz no maligno, nas trevas. Por mais que alguns pensem que eu desenvolvi um excelente texto até aqui, quando passei a envolver "religião" no assunto, estou no meu pleno direito de liberdade de expressão. Este mundo não tem jeito, e a solução é somente a volta de Cristo. 

Sendo assim, enquanto o ser humano for corrupto, nada mudará. E a solução para a corrupção do homem é a incorruptibilidade de Jesus – para aqueles que O aceitam. Por isso não haverá um Brasil – ou mundo – perfeitos até a Sua volta.