Formatura: um sonho sendo realizado
Olá pessoal! Como estão vocês? :)
Hoje quero compartilhar um grande sonho que hoje é realidade: finalmente estou formada na faculdade de Jornalismo!
Ontem (17/01) ocorreu a colação de grau dos formandos em Jornalismo, Propaganda e Marketing e Letras. Quando cheguei no salão da UNIP Paraíso, senti uma alegria imensa, uma plenitude e uma paz que só Jesus pode explicar. Era como se Ele sussurrasse no meu ouvido "eu te trouxe até aqui".
Foi muito emocionante para mim, ainda mais porque a cerimônia de colação de grau começou com uma oração e um louvor. Naquele momento, eu só conseguia agradecer a Deus por me proporcionar tamanha alegria.
Hoje quero compartilhar um grande sonho que hoje é realidade: finalmente estou formada na faculdade de Jornalismo!
Ontem (17/01) ocorreu a colação de grau dos formandos em Jornalismo, Propaganda e Marketing e Letras. Quando cheguei no salão da UNIP Paraíso, senti uma alegria imensa, uma plenitude e uma paz que só Jesus pode explicar. Era como se Ele sussurrasse no meu ouvido "eu te trouxe até aqui".
Foi muito emocionante para mim, ainda mais porque a cerimônia de colação de grau começou com uma oração e um louvor. Naquele momento, eu só conseguia agradecer a Deus por me proporcionar tamanha alegria.
O melhor de tudo foi ter compartilhado essa vitória com minha família. Minha mãe, minha irmã, minha cunhada, minha sobrinha e meu esposo estavam ali, comemorando junto comigo essa etapa concluída.
Mas essa postagem não faria sentido algum se eu não contar a minha trajetória até aqui.
Em 2013, quando eu tinha 17 anos e estava terminando o Ensino Médio, eu já não fazia ideia de qual faculdade queria fazer. Um belo dia, uma pessoa que não faz mais parte da minha vida (mas que desejo tudo de bom para ele) me deu uma dica: "Por que você não faz Jornalismo? Você gosta tanto de escrever, de ler, e é muito inteligente. Parece ser o curso que mais combina com você".
Okay, não foram exatamente essas palavras. Mas foi isso que eu absorvi. Pesquisei na internet sobre o curso, e em quais áreas eu poderia atuar, quais as aptidões alguém deveria ter para cursar Jornalismo. E então decidi que seria isso mesmo que eu ia fazer.
Porém, não estava nos meus planos começar a faculdade já no ano seguinte. O que eu pensei em fazer era um curso pré-vestibular, para me preparar melhor e conseguir entrar numa universidade pública ou pelo menos conseguir uma boa nota para concorrer a alguma bolsa integral, já que não tinha condições de pagar as mensalidades.
Porém, em janeiro de 2014, me inscrevi no ProUni com a nota que havia tirado no ENEM. Selecionei uma única opção: Jornalismo, na UNIP Vergueiro, turno da manhã, bolsa de 100%. Passou-se a semana inteira de inscrições, e eu passei. Em primeiro lugar. Era a oportunidade que eu estava buscando, chegando antes do tempo que eu havia planejado. Era Deus mostrando que as coisas acontecem no tempo Dele, e não no nosso.
Então, chegou o tempo de entregar a papelada para comprovar que, realmente, eu não tinha como pagar a faculdade. Foram cinco dias indo na tesouraria da faculdade, entregando vários e vários papéis, e toda vez ficava faltando alguma coisa. Quando finalmente entregamos tudo para o ProUni, ainda faltaram as papeladas para a matrícula. Meu pai, que me acompanhou nesse primeiro período turbulento, até levou uma paulada de um mendigo na rua, sem motivo algum. (isso foi muito engraçado, até hoje quando lembramos disso, damos risada)
Enfim matriculada. Era o começo de um grande sonho, e de um grande amadurecimento. Eu entrei menina na faculdade, e cresci de uma maneira que não sei explicar. Claro, que isso tudo ocorreu junto com a experiência que cada ano de vida proporciona, com o casamento, com o primeiro emprego, etc. Mas sinto que, depois de entrar na faculdade, minha mentalidade mudou muito com relação a muita coisa.
Minha mente se abriu para novas ideias, novas teorias, novas reflexões. Um novo mundo se apresentava para mim naquele 2014. Toda a minha família orgulhosa de eu ter conseguido entrar na faculdade por meus próprios méritos, e sem precisar pagar um centavo. (o que depois descobri que nem tanto, já que tinha que pagar passagem, xerox, material, etc)
Tudo parecia um sonho lindo, até que chegou o dia da primeira prova. Foi um grande choque para mim. Achei quase impossível tirar uma nota ao menos razoável, além de ver que aquela prova estava completamente mal redigida e os textos sem coesão. E foi aí que eu tirei a primeira lição sobre a faculdade: NADA é fácil, e você vai precisar se esforçar muito mais se quiser sair daqui.
E foi o que eu fiz.
Porém, no segundo semestre, tive que passar por outro baque: o primeiro ZERO da minha vida. Num trabalho em grupo, em que houve plágio. Eu me desesperei completamente, não sabia onde havia errado para ter ganho aquela nota. Quase desmaiei no dia em que eu vi aquele zero horrível no meu boletim on-line. Foram as primeiras lágrimas que eu derramei por causa da faculdade. Nesse momento, o Luiz Henrique, que já era meu namorado, me apoiou muito, me consolou e me acalmou. Foi nesse momento que eu tive que me agarrar em Deus para ter forças para me levantar dessa rasteira, e perdoar quem fez o plágio no trabalho. Entendi que não foi intencional, e deixei passar. Foi aí que eu encarei o meu primeiro exame. Graças a Deus deu tudo certo. Consegui uma boa nota na prova e não peguei DP.
O segundo ano de faculdade foi o mais estressante para mim, depois do ano do TCC. Foi quando eu comecei a trabalhar, e tive que readaptar minha rotina. Meu corpo não estava acostumado com um cotidiano tão corrido, e eu sofri muito com isso. Foi o ano em que eu me casei, que eu desenvolvi gastrite, tive diversas infecções urinárias, emagreci muito por não comer direito, tive desentendimentos na faculdade, mas sobrevivi.
O terceiro ano foi muito corrido, cheio de prazos apertadíssimos para entregar a enxurrada de trabalhos que nos passaram. Mas foi o ano em que eu mais me aproximei de pessoas que quero levar para a vida toda: os meninos da minha sala (Fagner, Yan, Renan, Rafa), a Yasmim, a Rayane e a Beatriz. Amigos que passaram todos os apuros junto comigo, e eu junto com eles.
Enfim, chegou o temido último ano. Trabalho de Conclusão de Curso, individual. Ainda não havia conseguido estágio, e não fazia ideia de como conseguiria cumprir as horas exigidas. Uma briga intensa contra o tempo, para dar conta de todas as atividades. Uma intensidade de sentimentos. Cansaço. Um desejo intenso de desistir, mas uma motivação insana de finalizar o que eu já havia lutado tanto para alcançar. Lágrimas. Estresse. Emprego novo, mais puxado que o anterior. Mas valeu a pena. Chegar no final do ano de 2017 e saber que eu não peguei nenhuma DP durante todo o curso, tirar 9 no TCC, conseguir a ajuda de duas professoras maravilhosas para cumprir as horas de estágio.
E então cheguei até aqui. É uma sensação estranha. Estudei minha vida toda, e 2018 será o primeiro ano depois de tanto tempo que eu não terei uma sala de aula para frequentar. Sei que vou sentir saudade de toda essa correria, e que vou rir das situações que eu achei que eram tão difíceis que eu não conseguiria aguentar. Mas vi a mão de Jesus estendida sobre cada ano vivido, cada obstáculo vencido, e à Ele dedico essa vitória.
Obrigada Jesus por tudo o que me proporcionaste até hoje, mas principalmente, pela realização de um sonho de criança. És fiel em Tuas promessas.
Obrigada minha mãe, dona Maria Soriano, que esteve presente em tudo, me apoiou e me incentivou desde sempre a fazer minhas próprias escolhas e a lutar pelos meus sonhos.
Obrigada minha irmã, Cleo Soriano, que tantas vezes me ajudou com comida, dinheiro, quando passei por dificuldades durante esse percurso.
Obrigada minha cunhada, Erilene Santiago, que torceu por mim, ainda que um pouco de longe, mas que faz parte do time de pessoas que sentem orgulho de mim.
Obrigada meu esposo, amor da minha vida, Luiz Henrique, que esteve do meu lado todo esse tempo, segurando a barra, me dando amor, carinho, compreensão, algumas broncas, por ter abraçado esse sonho junto comigo e me incentivado a continuar quando eu quis desistir.
Obrigada ao meu pai, Francisco Franciene, por ter me ajudado tanto, principalmente no início, me passando segurança, e demonstrando orgulho pela sua filhinha estar cursando faculdade.
Obrigada Isadora, minha sobrinha, pois sei que você me admira como pessoa, que sou um exemplo para você, e isso sempre me motivou a ser, a cada dia, melhor do que já fui antes.
Obrigada a todos os professores que passaram por essa trajetória, e que plantaram a semente do conhecimento em mim. Espero um dia proporcionar a vocês o orgulho que minha família sente hoje.
Obrigada a todos os amigos de dentro da faculdade, que lutaram e chegaram junto comigo até aqui (ou terão mais um pouquinho de estrada, mas logo logo também chegarão).
Obrigada aos amigos de fora da faculdade, pela paciência em me ouvir falar dos problemas que passava lá dentro, em suportar minhas ausências, minhas faltas de respostas ou respostas tardias.
Enfim, formada. :)
