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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Consciência Negra - A Importância da História na Luta contra o Racismo

 

Hoje é o Dia da Consciência Negra, uma data mega importante para relembrarmos a luta contra o racismo.
Imagem gerada por IA.

Hoje, dia 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra, uma data fundamental para refletir sobre a história da população negra no Brasil e os desafios que ainda são enfrentados todos os dias por eles. A luta contra o racismo é constante e exige de todos nós um compromisso com a igualdade e a justiça.

Eu sou uma mulher branca, mas sou casada com um homem negro que sofreu e sofre todos os dias com o racismo. Não poderia deixar de me posicionar na luta antirracista, não só por ter plena consciência de que racismo é crime, é um pecado, mas por amor aos meus. Meu esposo, minha enteada, amigos, parentes. E meu compromisso, além de não tolerar atitudes racistas ao meu redor e no meu círculo de convívio, também é estudar sobre o assunto e trazer informações que possam ser úteis a todo mundo.

Por isso, trago este post. Espero que gostem.


O Racismo no Brasil:

O racismo no Brasil é um problema estrutural e histórico, com raízes profundas na escravidão. Apesar dos avanços, a população negra continua sendo alvo de discriminação em diversas áreas da sociedade, como o mercado de trabalho, a educação e a saúde, além da dificuldade em acessar diversos ambientes sociais, como lojas de luxo, shoppings e eventos, sem sofrerem algum tipo de pré julgamento ou até mesmo hostilidade. A violência racial é uma realidade alarmante e exige medidas urgentes.

Imagem gerada por IA


A Luta Antirracista:

A luta antirracista é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Movimentos sociais e ativistas negros têm desempenhado um papel crucial nessa luta, denunciando as desigualdades e buscando a promoção da equidade racial.

É importante destacar a importância de figuras como Vini Jr., jogador do Real Madrid que vem sofrendo constantemente com o racismo no futebol europeu por ser um homem negro e brasileiro, que tem usado sua voz e sua influência de forma incansável para escancarar essa dura realidade, sempre se posicionando em suas redes sociais. Sua história nos mostra que o racismo é um problema global e que a luta contra ele deve ser unificada.

Vini Jr em seu Instagram, posicionando-se contra o Racismo no 
Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, em março de 2024


A Importância de Conhecer a História:

Para compreendermos o racismo e a luta antirracista, é fundamental conhecer a história da escravidão no Brasil e no mundo. A trilogia "Escravidão", de Laurentino Gomes, é uma obra indispensável para quem deseja se aprofundar nesse tema. Em minhas resenhas sobre os volumes 1, 2 e 3, explorei a profundidade da pesquisa de laurentino e a importância de sua obra para a compreensão do passado escravocrata brasileiro. Você pode conferir minhas resenhas aqui:



O Dia da Consciência Negra é um momento para refletir sobre o passado, presente e futuro do Brasil. A luta contra o racismo é uma responsabilidade de todos nós. Ao conhecermos a nossa história e nos engajarmos em ações antirracistas, podemos construir um futuro mais justo e igualitário para todos.


Para aprofundar seus conhecimentos sobre a escravidão no Brasil, recomendo muito a leitura da trilogia Escravidão, do Laurentino Gomes. O Box completo está disponível aqui: https://amzn.to/3ZcOhCX




quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Chaves e Chapolin finalmente voltarão para nós!

 

Chaves e Chapolin se encontram na vila.
Reprodução do episódio de Chapolin: Ser Pequeno Tem Suas Vantagens.

Nos últimos dias, fui pega de surpresa por uma notícia que trouxe um quentinho no coração: Chaves e Chapolin estão voltando à televisão! Sim, é isso mesmo que você leu. Os icônicos programas de Roberto Gómez Bolaños, que marcaram gerações, estarão de volta às telinhas. Como fã de carteirinha dessas séries, eu simplesmente não podia deixar de compartilhar essa novidade e contar tudo o que sei sobre esse retorno tão esperado.


O Anúncio que Mexeu Com o Coração dos Fãs

Eu estava navegando no Instagram, quando me deparei com o post da Florinda Meza anunciando o retorno de Chaves e Chapolin.

Logo em seguida, começaram a surgir os vídeos que explicavam melhor essa novidade. No canal "Vila do Chaves", que é o que eu mais acompanho, foi feito um anúncio detalhado sobre essa notícia. Até então, o retorno seria nos canais Unimás e Univision, que atendem ao público latino nos EUA, e no streaming Vix, do grupo TelevisaUnivision.


No canal do Fórum Chaves, a notícia que foi dada foi a de que a previsão de retorno de Chaves e Chapolin seria no mês de outubro, segundo o site NaTelinha, e que o retorno também poderia acontecer no canal Multishow e no streaming Prime Video, já que os contratos com eles estavam congelados desde 2020.



Um Retorno Esperado Há Muito Tempo

Quem não se lembra das aventuras do Chaves na vila? Ou das confusões heroicas do Chapolin Colorado? Eu mesma, durante esses quatro anos, desejei que essas séries voltassem ao ar. E essa espera foi longa. Desde que deixaram de ser exibidos em 2020, sentimos aquele vazio, mas agora parece que esse espaço no coração será preenchido novamente.

A expectativa para ver a "Turma do Chaves" reunida é imensa. Nos vídeos que assisti, os criadores dos canais também mencionaram como o público pode estar se preparando para matar a saudade desses personagens inesquecíveis. Assim como eu, muitos fãs estão ansiosos por rever episódios como o icônico "Festival da Boa Vizinhança" ou as divertidas aparições do Super Sam no Chapolin.


O Impacto na Cultura Pop

Chaves e Chapolin são muito mais do que simples séries de humor. Eles fazem parte da nossa cultura e possuem um apelo emocional que poucos programas conseguem alcançar. Cresci assistindo a esses episódios e, hoje, vejo o quanto eles foram importantes para moldar meu senso de humor e até mesmo alguns valores que carrego comigo. A volta desses programas é, de certa forma, um resgate dessa simplicidade e leveza que tanto sentimos falta nos dias de hoje.

Aliás, vale a pena ressaltar que o retorno desses clássicos acontece em um momento em que a nostalgia está em alta. As pessoas estão buscando cada vez mais conteúdos que as conectem com o passado, e o retorno de Chaves e Chapolin é, sem dúvida, um prato cheio para quem cresceu assistindo a esses ícones.


Os Episódios Serão Redublados?

Um ponto importante a ser mencionado é que, com o retorno de Chaves e Chapolin, pode ser que os episódios precisem passar por um processo de redublagem. Isso acontece devido a questões de direitos autorais envolvendo as dublagens originais. Isso foi explicado tanto pelo canal Vila do Chaves, quanto pelo Fórum Chaves.




Sabemos que as vozes originais têm um lugar especial no coração de todos nós, e que as novas vozes podem causar estranheza, mas estou curiosa para ver como esse trabalho será realizado e espero que mantenham a essência e o humor que marcaram nossa infância.

Onde Assistir Chaves e Chapolin?

Atualização em 25/09

O SBT anunciou ontem que assinou o novo contrato para exibir Chaves e Chapolin na TV aberta, e alguns dos episódios estarão disponíveis no streaming do canal, o +SBT, que estreou em 19 de agosto.

A Multishow e o Prime Video estão em negociação, de acordo com informações apuradas pelo canal Vila do Chaves.

Para mim, é mais do que uma simples exibição. É reviver momentos marcantes da infância, sentada no sofá, dando risadas com a família. Estou certa de que essa experiência será compartilhada por muitas outras pessoas.


Conclusão

O retorno de Chaves e Chapolin à televisão é uma das melhores notícias que poderíamos receber nos últimos tempos. Como fã, não poderia estar mais animada para reviver esses momentos e, claro, compartilhar essa novidade com você. Então, prepare-se para matar a saudade de Chaves e das aventuras do herói mais atrapalhado de todos os tempos, o Chapolin Colorado.

E vocês? Estão ansiosos para rever esses clássicos? Conta aqui nos comentários qual o seu episódio favorito!

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Com o tempo, eu aprendi...

 

Imagem gerada por IA


Com o tempo, aprendi que nós mesmos escolhemos nosso destino, e que por esse motivo, devemos ter cuidado com nossas escolhas. Aprendi também que temos as nossas próprias escolhas, mas as escolhas dos outros interferem na nossa vida. 

Aprendi que as pessoas que mais amamos são aquelas que mais nos magoam justamente porque esperamos mais delas do que elas podem fazer por nós. 

Aprendi que, além de Deus, não há nada nem ninguém justo, e isso é extremamente ruim, principalmente para mim que tanto clamo por justiça. 

Aprendi que podemos ter o que queremos, mas nem sempre o que queremos é o melhor para nós. 

Aprendi a lidar com a dor e a superá-la com garra e determinação. 

Aprendi um pouco do que é viver, mas ainda não aprendi a viver. E acho que só vou ter terminado de aprender quando eu morrer.


~ ♥️ ~

Texto escrito originalmente em 2010

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Carta de uma mulher traída

 



 

"O frio lá fora nem se compara ao frio aqui dentro, no meu coração. Pensei que congelando-o, a dor de não te ter aqui seria aniquilada, mas estava equivocada. Meu estômago se revira só de lembrar daquela cena... você lá, feliz, agarrado com uma outra qualquer, que só te queria por alguns instantes. Sim, eu te queria pra vida toda, mas você fez questão de destruir meu coração por uma garota que só podia te oferecer prazeres momentâneos. O corpo dela é mais bonito que o meu? Minhas ideologias, minha inteligência, meu caráter, são melhores que os dela. Mas você é fútil demais para enxergar isso. Quer o corpo dela? Fique com o corpo dela. Mas quando ela te deixar, quando você não for o suficiente para ela, quando outro, que tenha mais dinheiro, mais lábia, interessá-la mais do que você, lembre-se de mim. Mas lembre-se com amargura e com profundo arrependimento. Eu te queria mais do que tudo nessa vida, mas agora é tarde. Não importa quanto tempo demore, eu vou esquecer você. Mas enquanto isso, divirta-se. Logo será a minha vez."


~ ♥️ ~

Texto escrito originalmente em 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Agarre as oportunidades - mas não todas

 



A gente vive num mercado de trabalho que nos faz engolir que “temos que agarrar as oportunidades”. Mas o que ninguém fala é que nem todas as oportunidades realmente valem a pena. A questão aqui não é sair ou não da zona de conforto, é avaliar de forma inteligente as propostas que são apresentadas para nós. Nem toda oportunidade é boa.

O que dizer de uma oportunidade que surgiu para mim um tempo atrás, para ganhar praticamente o mesmo salário, numa operação maior, onde eu talvez tivesse mais oportunidades de crescimento (sem garantias disso) e também mais trabalho, mas que eu provavelmente teria que trabalhar 6x1 (atualmente trabalho 5x2), e trabalhando multiskill (atendendo mais de um canal ao mesmo tempo), sendo um deles um canal que eu não gosto de trabalhar? Era uma oportunidade que valia a pena? Ganhar a mesma coisa para trabalhar mais, com algo que eu não me sinto muito confortável e ainda perder um dia de folga, só pela possibilidade remota de crescimento? 

Ou trabalhar com algo que eu sempre sonhei, mas com um salário menor, sendo que o que eu preciso no momento é justamente ganhar mais para conseguir ajudar a cobrir todas as despesas de casa. Não tenho pais ricos que me sustentam enquanto eu me aventuro a conquistar meus sonhos. Tenho que fazer sacrifícios, por vezes tenho que deixar de lado meus desejos para pagar as contas no fim do mês. E mais, minha realidade ainda é bem confortável perto da realidade de milhões de pessoas neste país, que têm que se virar e muito para poder comer arroz e feijão, que acabaram endividados porque perderam seus empregos, ou porque o preço das coisas subiu tanto que não conseguiram manter o orçamento em dia.

Entre a oportunidade de um salário mínimo que mal paga as contas e a incerteza do empreendimento, muitas pessoas têm que optar pelos dois, para tentar sobreviver. O problema é que tem gente dentro das empresas que acha que só porque paga mais de um salário mínimo, a gente é obrigado a aceitar a “oportunidade”, afinal, é algo raro hoje em dia, ainda mais em tempos de pandemia. Salários cada vez menores com mais exigências, enquanto o custo de vida só aumenta. Isso é uma afronta aos profissionais que estudam e se especializam para ganhar um salário aquém do que realmente deveriam.

Quais oportunidades valem realmente a pena para que você as agarre? Pense, avalie, não se sinta na obrigação de aceitar tudo o que cai no seu colo. Se você achar que é bom para você, aceite. Se não, recuse. Não agarre todas as oportunidades, algumas delas são apenas ciladas.


terça-feira, 23 de março de 2021

O dia em que eu poderia ter morrido (mas não morri)

 




Era uma noite de sábado, 13 de março. Estávamos de Uber, meu esposo e eu. Tínhamos acabado de deixar a filha dele na casa da mãe dela, e estávamos voltando para casa. No meio do caminho, o motorista nos disse que não estava se sentindo bem. Ficamos preocupados, perguntamos se ele queria que a gente descesse. Ele disse que não, que ele só precisava respirar um pouco. Que poderia ser a máscara, e como meu esposo e ele estavam conversando bastante, poderia ser só uma falta de ar.

Seguimos viagem. A tensão era quase palpável. O motorista passou boa parte do tempo se desculpando. Até que chegamos na Rodovia dos Imigrantes. Ele parou o carro próximo da entrada onde deveríamos seguir para chegar em casa. Estávamos muito perto, mas ele não estava bem. Ele nos perguntou se algum de nós dirigia, respondemos que não. E o motorista começou a convulsionar ali, na nossa frente.

Descemos do carro desesperados. Meu esposo começou a acenar para os carros que estavam passando, para pedir ajuda, para que alguém o ajudasse a tirar o rapaz do carro e fazer o procedimento que era necessário para estabilizá-lo. Eu, tremendo, tentei ligar para a emergência, ficando pendurada no telefone durante vários minutos, esperando alguém me atender. Enquanto isso, fui informando às pessoas que se aproximavam o que havia acontecido, para que pudessem ajudar. Pedi para alguém tentar ligar para a ambulância. Uma mulher perguntou sobre o celular do motorista que estava ali no chão, sendo estabilizado por meu esposo e um motoboy, e eu informei que estava dentro do carro.

Fomos até o carro, a mulher pegou o celular dele, e ligou para um dos números que estavam ali. Ela conseguiu falar com uma parente do rapaz, que pela providência divina, morava ali bem perto. Ele já havia acordado e estava sentado no chão, mas ainda atordoado. As pessoas que estavam ali para nos ajudar o levaram para a casa dos parentes dele. O casal que estava de carro e parou para nos ajudar ficou esperando ao lado do carro do motorista, para não o deixar sozinho.

O motorista, quando voltou a si, começou a chorar. Senti a dor dele, e o quanto ele se sentiu impotente naquele momento. Tudo o que pude sentir foi empatia e preocupação com ele. Meu marido e eu só queríamos ter a certeza de que ele ficaria bem. O tio dele, muito solícito, se ofereceu para nos levar até a porta de casa, mesmo que estivéssemos tão perto. Ele se preocupou com nossa segurança àquela hora da noite. Chegamos em casa sãos e salvos.

Passando por toda essa situação, refleti sobre alguns pontos. Um deles é como a nossa vida aqui é frágil. Se o rapaz não tivesse conseguido parar o carro antes de convulsionar, poderíamos ter sofrido um acidente bem grave, já que estávamos numa rodovia. Se tivéssemos descido naquele primeiro momento em que ele nos informou que não estava se sentindo bem, e ele tivesse passado mal sozinho, no meio da estrada, quem o ajudaria?

O segundo ponto que pensei foi em ser grata. Deus protegeu a nós três ali naquele carro. Ele capacitou o rapaz a parar o carro. Ele nos colocou ali para ajudá-lo naquele momento. Foi um tremendo susto, mas quando pensamos no primeiro ponto, entendemos que poderia ter sido pior. Agradeci por isso, e também por toda essa situação ter ocorrido sem a criança conosco. Ela poderia ficar traumatizada, e seria mais uma preocupação para nós. Além de, claro, Deus ter providenciado que os parentes dele morassem ali tão perto, ao ponto de conseguirmos socorrê-lo e entregá-lo a pessoas de confiança.

Terceiro ponto: todas as pessoas que pararam ali foram para nos ajudar. Não teve ninguém que ficou perto de nós apenas por curiosidade. Todos tentaram ajudar de alguma forma. O motoboy ajudou meu esposo a tirar o rapaz do carro e deitá-lo de lado. O casal que estava de carro nos ajudou a encostar o carro do Uber, e ficou cuidando do carro até que a situação se resolvesse. Os pedestres que estavam passando, ajudaram como podiam, inclusive um deles era uma enfermeira, que ajudou com os socorros. Alguns tentaram ajudar a ligar para a emergência. Uma mulher teve a ideia de pegar o celular do motorista e tentar ligar para algum dos contatos.

O que tudo isso me ensinou? A ser mais grata, a parar de reclamar tanto, a dar mais valor à minha vida. Admirei ainda mais o homem que escolhi para estar ao meu lado, que foi um verdadeiro herói para aquele rapaz. A acreditar um pouco mais na bondade das pessoas, que nos ajudaram tanto. A enxergar a mão de Deus nos protegendo e cuidando de nós. Ainda que tenha sido uma experiência que não desejo a ninguém, foi por meio dela que Deus trabalhou meu coração e se mostrou mais próximo, e por isso só tenho a agradecê-lo. Espero que compartilhar isso possa acalmar meu coração dessa situação que me deixou atônita, e que possa servir também como testemunho para vocês.

 


quinta-feira, 11 de março de 2021

Bolsonaro x Lula: o apocalipse brasileiro

Imagem: O Brasilianista



Com as recentes notícias de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve anuladas as condenações relacionadas à Operação Lava-Jato, o que mais se especula é a candidatura dele às eleições presidenciais em 2022. A crise no governo Bolsonaro está cada vez pior, mas mesmo assim o atual presidente tem seus fiéis seguidores, assim como Lula. O frenesi está alto nas redes sociais, com a possibilidade de uma disputa entre os dois.


Como comentei aqui no blog em um post antigo sobre o que eu pensava do governo petista, realmente não há como negar o que foi feito nesse período no país, e eu mesma fui beneficiada pelo ProUni, e me formei na faculdade graças a esse benefício. Porém, não posso fechar os olhos para os escândalos de corrupção e a crise econômica que veio depois disso.


Isso, obviamente, não significa que eu apoie o governo atual. Muito pelo contrário. Como eu mencionei em outro post aqui no blog sobre a entrevista de Bolsonaro no Roda Viva, quando ele ainda era candidato, ele é mais do mesmo. Nunca foi um político diferente. No máximo, mais bocudo. Mas ainda assim, cheio de discursos vazios. Nunca teve nenhuma proposta concreta para melhorar o país. Só era uma busca por poder, por tirar o PT do governo (que, inclusive, já estava fora desde o impeachment de Dilma Rousseff). Também não dá para ignorar a irresponsabilidade do presidente com relação à pandemia.


Diante disso tudo, não vejo melhor opção entre Bolsonaro e Lula. E tenho pedido a Deus que haja uma terceira opção, mais viável do que esses dois, nas próximas eleições. O Brasil só tem se afundado, e com essas opções para a presidência, só vai continuar se afundando mais.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O envelope

 


Hellen acordou assustada ao ouvir um barulho estranho em sua casa. Estava sozinha, seu esposo trabalhava de madrugada numa fábrica da região, e só voltava para casa depois que o dia amanhecia. Passou a mão em cima do colchão, procurando o celular para ver as horas. Eram três e dezessete da madrugada.

Colocou a mão no abajur para acendê-lo, mas parou. O que seria pior? Se fosse um ladrão, estaria procurando algo de valor. Se mantivesse o abajur desligado, talvez ele só levasse o que estivesse na sala. Se o ligasse, talvez chamaria a atenção dele, e acabaria sendo feita de refém, sequestrada, estuprada ou morta. Não, melhor deixar desligado. 

Quieta, debaixo das cobertas, tentou não fazer barulho. Os passos foram se aproximando cada vez mais da porta de seu quarto. O vento batia em sua janela, e a vista da floresta mais próxima da casa, àquela hora, era assustadora. 

De repente, a maçaneta da porta gira. Hellen prendeu o fôlego. Estava com o telefone na mão, digitando o número da polícia. 

A porta se abriu. Era Bernardo, seu esposo.

Amor, acredita que eu esqueci o envelope com o dinheiro da vaquinha aqui em casa? Ainda bem que meu patrão me liberou para vir aqui buscar, mas já tenho que voltar.

Bernardo deu um beijo na testa da esposa, pegou o envelope que estava em cima do criado-mudo, ao lado do abajur, e saiu. Hellen respirou aliviada. 

O dinheiro, que estava no envelope, era para uma vaquinha que os funcionários da fábrica organizaram para ajudar ao segurança com a sua situação financeira, pois ele precisava de dinheiro para pagar o aluguel atrasado, ou seria despejado com sua família.

 
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