Preguiça mata
Havia um homem que tinha herdado a casa e a roça de seus pais. Enquanto eles eram vivos, o mimaram e sempre deixaram ele fazer o que bem queria, ou seja, nada.
Mas um dia eles morreram, e o homem passou a morar sozinho. Os anos foram passando, as plantações morrendo, o mato crescendo, os alimentos e a fartura acabando, até que houve uma época em que ele começou a passar fome. Para não sofrer mais, ele decidiu ser enterrado vivo. Chamou uns vizinhos, e pediu-lhes para que o levassem para enterrá-lo.
Então os vizinhos começaram a levá-lo, deitado numa rede, até o cemitério, que ficava umas duas léguas de distância. E para chegar a esse cemitério, era necessário passar por uma grande fazenda de um homem cheio de posses. Esse homem viu a situação e perguntou aos vizinhos que carregavam o homem preguiçoso:
— O que houve com esse pobre homem?
E eis que eles responderam:
— Ele já não tem posses, nem alimentos. Vamos enterrá-lo vivo, a pedido dele.
O fazendeiro disse:
— Não façam tamanha loucura! Para que ele possa sobreviver, lhe ofereço algumas sacas de arroz.
O preguiçoso pergunta:
— Por acaso, esse arroz está limpo, tratado e descascado?
O fazendeiro responde:
— Não, senhor.
E o preguiçoso solta:
— Então pode tocar o enterro, pessoal!
Mas um dia eles morreram, e o homem passou a morar sozinho. Os anos foram passando, as plantações morrendo, o mato crescendo, os alimentos e a fartura acabando, até que houve uma época em que ele começou a passar fome. Para não sofrer mais, ele decidiu ser enterrado vivo. Chamou uns vizinhos, e pediu-lhes para que o levassem para enterrá-lo.
Então os vizinhos começaram a levá-lo, deitado numa rede, até o cemitério, que ficava umas duas léguas de distância. E para chegar a esse cemitério, era necessário passar por uma grande fazenda de um homem cheio de posses. Esse homem viu a situação e perguntou aos vizinhos que carregavam o homem preguiçoso:
— O que houve com esse pobre homem?
E eis que eles responderam:
— Ele já não tem posses, nem alimentos. Vamos enterrá-lo vivo, a pedido dele.
O fazendeiro disse:
— Não façam tamanha loucura! Para que ele possa sobreviver, lhe ofereço algumas sacas de arroz.
O preguiçoso pergunta:
— Por acaso, esse arroz está limpo, tratado e descascado?
O fazendeiro responde:
— Não, senhor.
E o preguiçoso solta:
— Então pode tocar o enterro, pessoal!