Resenha #22 | Origem
Título: Origem
Autor: Dan Brown
Gênero: Ficção
Nacionalidade: Norte-americana
Título original: Origin
Tradução: Alves Calado
Editora: Arqueiro
Nota: 10/10
Fascinante. É como podemos descrever essa obra em uma única palavra. Dan Brown em Origem demonstrou sua capacidade crítica ao mais alto nível, promovendo diversas reflexões atuais com a temática da tecnologia futurista deste livro.
Em mais uma grande aventura, desta vez na Espanha, o tão estimado personagem Robert Langdon ajudará um ex-aluno e amigo muito querido a divulgar uma grande descoberta científica para a humanidade, que poderia ser capaz de refutar qualquer argumento religioso e, consequentemente, tornar a existência de um Deus totalmente desnecessária. Será?
O renomado e bilionário geek e futurólogo Edmond Kirsch, ateu declarado, arma um encontro secreto entre ele e três representantes das religiões mais influentes no mundo: o cristianismo (representado por um líder católico da Espanha), um rabino judeu e um erudito muçulmano, para testar a reação das pessoas religiosas à sua descoberta fantástica.
Uma semana depois, organizou um evento no qual faria a grande apresentação dessa descoberta para o mundo via streaming, e convidou seus amigos das diversas áreas do conhecimento, todos ateus, em um renomado museu de Bilbao, com ninguém menos que a curadora do museu, Ambra Vidal, que era noiva do príncipe Julián e futura rainha consorte da Espanha.
Porém, algo inesperado poderia fazer com que o grande projeto de sua vida nunca fosse anunciado: um terrível assassinato coloca fim à vida de Kirsch ao vivo. Porém, Ambra e Langdon decidem lutar contra o Palácio Real, a polícia, a Guardia Real, o assassino e o que mais for para que o anúncio seja feito conforme planejado. Claro, com a ajuda da Inteligência Artificial criada por Kirsch, que foi batizado de Winston.
Realmente é uma trama sem igual. Extremamente inteligente, brinca com nossa imaginação quando fala do quanto podemos estar avançados tecnologicamente, e de quão assustador poderá ser o futuro da tecnologia, a começar por Winstor. Também promove uma reflexão crítica sobre como o ateísmo tem se tornado cada vez mais uma “religião” das mais intolerantes, principalmente por fazer parte da ideologia de pessoas extremamente inteligentes do meio científico e que, por conta disso, possuem um ego extremamente inflado (como podemos ver nas características psicológicas de Edmond Kirsch e em todo o desenrolar da história).
Com uma escrita cada vez mais madura e intrigante, Dan Brown fecha essa obra com todas as chaves de ouro possíveis, com um final arrebatador e surpreendente. Recomendo muito a leitura!