Título: Anjos e Demônios
Autor: Dan Brown
Gênero: Ficção
Nacionalidade: Norte-americana
Título original: Angels & Demons
Tradução: Maria Luiza Newlands da Silveira
Editora: Arqueiro
Nota: 9/10
Mais uma obra do consagrado autor Dan Brown, Anjos e Demônios conta a primeira aventura de Robert Langdon, o professor universitário especialista em arte e simbologia religiosa de Harvard, em busca de salvar a Cidade do Vaticano de uma bomba de antimatéria criado por Leonardo e Vittoria Vetra, pai e filha cientistas do CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléare), um famoso instituto de pesquisas científicas localizado na Suíça.
Tudo começa quando Langdon recebe uma ligação de Maximilian Kohler, físico responsável pelo CERN, que o convoca para ir até a Suíça, para ajudá-lo a resolver um mistério: a morte de Leonardo Vetra, um dos cientistas do instituto. Ao receber um fax com a imagem do corpo de Vetra marcado com o símbolo Illuminati, acaba decidindo por embarcar no avião que fora buscá-lo.
Lá, ele consegue ver a cena ao vivo. O peito do cientista marcado com brasa, com um símbolo perfeitamente legível quando visto normalmente e também num ângulo de 180º, escrito Iluminatti. Vittoria, filha adotiva de Leonardo, chega ao CERN de uma viagem de trabalho, aterrorizada pela notícia de que, mais uma vez, estava sozinha no mundo.
Após algumas investigações e demonstrações sobre o que a antimatéria é capaz de fazer, eles descobrem que uma das amostras foi roubada, e que podem estar no Vaticano, onde será realizado o conclave para a escolha de um novo papa.
Entre as diversas pistas que Langdon e Vittoria precisam decifrar para percorrer o “Caminho da Iluminação”, para tentar salvar os quatro principais candidatos ao papado que foram sequestrados, eles precisam lidar contra o tempo: exatamente à meia-noite daquele mesmo dia, a antimatéria explodiria, destruindo uma cidade inteira.
A trama é repleta de reviravoltas, de uma narrativa ímpar, diria até melhor que a do O Código da Vinci. A história é muito bem tecida, principalmente quando se trata de sua principal revelação: quem matou Leonardo Vetra, o Papa e os preferitti? É um texto que mexe com a imaginação e aguça a curiosidade do leitor a cada capítulo. Um duelo entre anjos e demônios, entre a Igreja Católica e o antigo mito dos Illuminati, entre o bem e o mal, entre a ciência e a fé, e até que ponto as coisas estão exatamente distantes ou unidas. Uma verdadeira homenagem à reflexão crítica sobre ambos os lados.
Espiritualmente falando, achei o livro bem menos pesado que O Código da Vinci. Este livro traz uma suavidade maior, uma abordagem mais relevante em termos religiosos, pois traz algumas reflexões interessantes quanto à nossa postura enquanto cristãos, em relação à ciência, ao comportamento em sociedade e até à fé.
Mesmo com todas essas características maravilhosas, a insistência do autor em demonizar sempre um personagem que, para ele, represente a fé e a religião me faz repensar uma nota 10. Esse ponto de vista me parece um pouco preconceituoso, indicando sutilmente que os maiores males da humanidade estão na fé, e a única forma de se ter fé é não sendo inteligente nem racional. Uma visão muito ultrapassada e antiquada.
Contudo, é apenas o ponto de vista desta que vos escreve, não é verdade?
Por isso, recomendo a leitura, para que você possa tirar suas próprias conclusões. Afinal, antes de começar essa saga, ouvi diversas vezes que o único livro que foi realmente extraordinário de Dan Brown foi O Código da Vinci, e os seguintes foram apenas uma sucessão de livros feitos pelo molde de sucesso que seu primeiro livro foi. Mas agora eu discordo completamente dessa afirmação, já que percebi nuances muito mais maduras em Anjos e Demônios, tornando-o mais interessante.
Uma das coisas que surpreendem no livro: a marca Illuminati, que pode ser lido também ao contrário
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