Júnior não era a pessoa mais engraçada do mundo. Apesar de seus esforços para ser como seu pai, um humorista nato, nada conseguia.
      Um belo dia, na casa da avó Ana, havia uma reunião de família, aqueles almoços de domingo que duram até o jantar, sabe? Então, naquela situação toda, em volta da mesa, aquelas pessoas antiquadas que não conheciam a cultura adolescente ouviu de Júnior uma piada:

— Tinha um homem né, que na sua entrevista de emprego disse que seu nível de inglês era alto. O entrevistador pediu para ele traduzir "comprar um sapato", e ele respondeu "pick a shoe"...

      E todos o olhavam, com uma cara de desinteresse que se acentuou quando ele falou a frase em inglês.

— Aí, o entrevistador pediu para ele aplicar numa frase e o homem respondeu "pickashoe choque do trovão!" — e desatou a rir.

      Todos os que estavam sentados à mesa o olhavam com a mesma expressão de antes.
Júnior, quando percebeu, sentiu-se triste e envergonhado. Saiu de seu lugar, entrou no quarto, deitou-se aos prantos.

Ela é toda cheia de manhas e manias. Odeia acordar cedo, ama ler um romance. Odeia calcinha fio-dental, ama ter as unhas bem arrumadas. Suas sobrancelhas têm que estar impecáveis, do contrário se acha feia. Dorme de maquiagem para dormir se sentindo linda. Come sem medo de engordar e fica triste quando dizem que ela emagreceu. De TPM, grita, chora e passa raiva, mas no resto do mês é meiga e carinhosa. Teme que seu amado veja em outras a perfeição que não existe nela, sem conseguir crer que, para ele, ela é perfeita.

"Quem tem medo de vampiro?" é um livro de contos que, ao meu ver, foi inspirado no que há de pior no ser humano.


Os contos são bem peculiares, delatando adultérios, desprezos, mesquinharia, solidão, problemas conjugais, hipocrisias, mau humor na velhice, etc.

 Sinceramente, confesso que me perdi em diversos trechos das histórias e fiquei sem entender algumas coisas por conta de seu estilo de escrita.


Porém, as histórias são ótimas e nos trazem momentos de reflexão.




 Não aprovo totalmente esta obra por sentir a falta de uma expressão clara do autor em seus textos, mas quem sabe eu lhe dê uma segunda chance daqui a algum tempo?