Título: Rilla de Ingleside
Autor: Lucy Maud Montgomery
Gênero: Romance
Nacionalidade: Canadense
Título original: Rilla of Ingleside
Tradução: Rafael Bonaldi
Editora: Ciranda Cultural
ISBN: 9786555002973
Nota: 10/10
Rilla de Ingleside é simplesmente um dos melhores livros dessa série. Não poderia começar essa resenha de outra forma. Aqui, Rilla, que é a filha caçula da Anne, começa a história com quase 15 anos. Ela era apenas “uma jovem, frívola e tola”, como ela mesma se auto descreve na história. E estava começando a desabrochar para a vida e para o amor. Em seu primeiro baile da vida, acontecem muitas coisas que vão marcá-la para sempre: um flerte, alguns momentos embaraçosos e o anúncio do começo da Primeira Guerra Mundial.
No decorrer dos quatro anos seguintes, Rilla começa a viver coisas que jamais imaginaria, passar por sofrimentos que a fizeram amadurecer e se tornar uma mulher forte, responsável e resignada. A adolescente fútil deu lugar à mulher que educou um filho da guerra (e passou a amar uma criança, coisa improvável para ela), irmã que aprendeu com o luto e uma grande líder para o grupo da cruz vermelha que ela participava.
Não posso deixar de mencionar dois pontos extremamente emocionantes. O primeiro é a espera fiel do Segunda-feira (cachorro da família Blythe) por seu humano Jem, que foi para a guerra e só voltou quatro anos depois. A forma como ele ficou parado na estação de trem da cidade e recepcionava cada trem fez lembrar do filme “Sempre ao seu lado”. Mas, nesse caso, ainda bem, o final foi feliz, e o Segunda-feira pôde reencontrar seu dono.
O segundo já não é tão feliz. Walter Blythe, o segundo filho de Anne, morreu na guerra. A história dele é simplesmente linda. Em Vale do Arco-Íris, ele termina o livro falando sobre um flautista e sua canção que chamava para uma grande batalha. Era uma espécie de profecia que foi revelada a Walter quando ainda era uma criança. E quando a guerra estoura no livro Rilla de Ingleside, ele volta a mencionar o Flautista. Ele temia ir à guerra, mas sabia que era seu destino, era inevitável. Então, ele atendeu a esse chamado, escreveu o poema “O Flautista”, que foi publicado, escreveu sua última carta para Rilla, sentindo que sua hora estava chegando. E deu sua vida lutando pela paz.
Esse livro me fez refletir sobre a guerra, sobre a vida, sobre a morte. Me emocionou, me fez sofrer, me fez crescer. E ver como Rilla evoluiu, e como ela amadureceu. Como o sofrimento muitas vezes nos faz pessoas melhores.
Minhas considerações são: leiam Rilla de Ingleside. Claro, vocês terão que ler todos os livros anteriores. Mas vai valer a pena.
Este foi o quarto artigo que acabei de ser relacionado a esse tem e foi o uqe mais deixou claro para mim. Gostei.
ResponderExcluirMs cap resultado
Que bom!! Fico muito feliz!!
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