A triste notícia da morte do ator Chadwick Boseman nos pegou de surpresa ontem (28/08), deixando não só toda a comunidade negra, mas todos os fãs do seu trabalho em luto. Eu, como pessoa branca que apoia a luta negra, tenho muito orgulho do legado que ele deixou. #WakandaForever
Hoje quero aproveitar esse gancho da representatividade negra no mundo da sétima arte, e falar um pouco sobre o filme Power, que foi lançado na Netflix no dia 14, naquele mesmo formato que fiz aqui recentemente, com o filme Beleza Oculta. Quero compartilhar o que senti e o que penso sobre ele. E desta vez não li nenhuma crítica na internet, apenas dei um Google para coletar algumas informações para deixar o relato mais completo.
Vamos começar pelo elenco, que conta com Jamie Foxx, Joseph Gordon, Dominique Fishback, Rodrigo Santoro, entre outros. A história de super-heróis gira em torno de uma droga chamada “power”, que ao ser ingerida, potencializa um poder na pessoa, mas que também tem efeitos colaterais gravíssimos, dependendo de quem a toma ou da quantidade.
Art, ou o Major (Jamie Foxx), está atrás de sua filha, que foi sequestrada pelos donos da droga. Robin (Dominique Fishback) é uma menina tímida que vende a droga para conseguir dinheiro para o tratamento da mãe doente. O destino deles se cruza, e eles vão juntos enfrentar os narcotraficantes.
Esse filme me encheu de orgulho, antes de mais nada, devido aos papéis principais serem de negros, aproveitando o hype de uma discussão tão relevante e necessária como a do racismo estrutural que vivemos na sociedade ocidental, para trazer à tona a importância do protagonismo negro e feminino, por meio do empoderamento aos personagens de Dominique Fishback e de Jammie Fox.
Falando dos personagens, na minha opinião, a Robin foi a mais importante do filme, por ser apenas uma garota negra, mas que é forte, cheia de lutas, e que sonha em fazer rap. O Major me passou a impressão de força e ao mesmo tempo sensibilidade, especialmente quando ele viu em Robin a sua própria filha, e decidiu protegê-la. Rodrigo Santoro fez um excelente papel de narcotraficante com o personagem Biggie. Já Frank (Joseph Gordon-Levitt) foi aquele coadjuvante que dá raiva em alguns momentos, pois ele diversas vezes fazia algo que prejudicava Art.
Senti falta de uma exploração maior das histórias dos personagens principais, que são extremamente interessantes, como o Major e sua filha e a Robin e sua mãe. Mas estou torcendo para que tenha mais filmes no universo de Power, e assim possamos conhecê-los mais a profundo.
Outro ponto que gostaria de destacar é a personagem narcotraficante da América do Sul, que foi negociar a compra e o financiamento da power. Infelizmente, foi um ponto negativo o filme explorar um estereótipo ruim dos latinos, dando a entender que deste lado do continente a única coisa que merece ser passada nas telas é o poder dos narcotraficantes. Inclusive, tentei encontrar o nome da atriz que fez esse papel, e infelizmente não encontrei, o que reforça a falta de importância que se dá aos papéis latinos.
Ademais, é um filme muito divertido, em alguns momentos emocionante, em outros cheio de ação. Um ótimo entretenimento. Recomendo muito que vocês assistam, e depois me digam o que acharam.
E você? Qual é o seu poder? O desses atores incríveis, com certeza, foi trazer ao povo negro a esperança e a representatividade.
Imagem: Reprodução Instagram (https://www.instagram.com/p/CEdLs05FWTn/)
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