Imagem: Portal Folha |
Numa busca rápida no Google, vi que ele foi massacrado pela crítica. Felizmente, eu o vi antes de ler sobre, e tive uma impressão totalmente diferente do que pintaram na mídia. Tocando em temas extremamente delicados do ponto de vista emocional, como a depressão e a morte, se você assiste sem julgamentos e com a mente aberta, vai perceber que ele propõe diversas reflexões.
Vamos começar pelo drama vivido pelo personagem de Will Smith, que perdeu sua filha de seis anos, e entrou em uma profunda depressão. Não consigo imaginar o tamanho da dor de um pai que perde um filho, mas com certeza é um grande motivo para que alguém chegue ao estado que ele chegou, de não conseguir se comunicar, de não saber lidar com a dor, de se separar da esposa. Ela, por sua vez, foi quem recebeu o conselho de alguém muito sábio: “Só não deixe de ver a beleza oculta”. Assim, ela conseguiu, apesar da dor, seguir em frente, e descobriu num grupo de pais que perderam os filhos que precisava falar da sua dor para conseguir superá-la ou, ao menos, conviver com ela.
Esse filme mostrou que preciso falar sobre nossas dores, nossas feridas emocionais, para conseguir tratá-las. Colocar para fora o que sentimos é extremamente necessário. Vemos exemplos bíblicos que, quando alguém enfrentava um luto, rasgava as roupas, raspava a cabeça, chorava, vivia a dor, colocando-a para fora, para conseguir lidar com ela. Nunca se falou tanto sobre depressão como nos dias de hoje. Ontem, foi noticiado o suicídio do ator Flavio Migliaccio e a carta que ele deixou. É importante falar sobre isso, para que as pessoas se conscientizem e, quando precisem, busquem ajuda. Não guardem isso para si mesmos.
Agora, vamos falar sobre o personagem de Michael Peña, que enfrenta sozinho uma doença em fase terminal. O medo de causar dor à sua família o silencia. Mas a verdade é que a família não está ao nosso lado apenas nos bons momentos. Família de verdade está ao nosso lado também nos dias maus, e nessas horas é que mais precisamos do apoio e do amor dos nossos entes queridos.
Existem também outros assuntos que são abordados, como a luta contra o relógio biológico, vivido pela personagem de Kate Winslet, que deseja ter filhos mas está chegando na menopausa, e a possibilidade da adoção. É um tema que poderia ter sido mais explorado, já que existem muitas crianças ao redor do mundo que precisam de um lar. Como cristã, fui particularmente tocada pela questão, já que vejo Deus como um Pai amoroso que me adotou, que cuida de mim todos os dias, e o quanto eu precisava desse amor que vem Dele, mesmo tendo o privilégio de ter sido criada por pai e mãe. E o desejo do meu coração é que, futuramente, eu possa adotar uma criança e dar a ela a possibilidade de ter uma família.
Outro tema tratado pelo filme é a relação estremecida entre um pai e um filho, vivido pelo personagem de Edward Norton. Ele traiu a esposa, eles se divorciaram, ela ficou com a guarda da filha e casou-se com outro homem. A menina, no meio da confusão, toma as dores da mãe e passa a rejeitar o pai. Ele, então, tem que lutar para reconquistar a filha. Esse momento me mostrou que, mesmo um pai cheio de falhas e defeitos, nunca desiste dos seus filhos. Imagino então como é Deus, que é perfeito e rico em misericórdia. Como diz a Palavra em Mateus 7:9-11, se o homem que é mau sempre busca dar o melhor aos filhos, Deus, que está nos céus, pode dar infinitamente mais.
A ideia do filme de falar sobre a morte, o tempo e o amor, pode ser interpretada de outra forma, não só a que os três “motivos” sejam voltados ao que o personagem de Will Smith vivia. Cada um dos outros três personagens principais passava por uma dificuldade. Um com a doença e a ameaça da morte vindoura, outra com o tempo para gerar um filho, o terceiro procurando recuperar o amor da filha. Enquanto eles estavam tentando “ajudar” ou “dar um golpe” no personagem central, eles mesmos estavam sendo tratados em suas próprias questões.
Por tudo isso, no meu ponto de vista, pelo menos, foi um excelente filme. A interpretação, logicamente, vai de cada pessoa, pois cada um de nós carrega uma bagagem. Assistam ao filme, e tirem suas próprias conclusões.
Eii! Amei sua resenha, bem sincera e trouxe muito o que você sentiu ao ver o filme. Às vezes, nem é bom ler críticas antes de ver o filme porque já vamos com aquela visão ruim dele né. Ainda bem que você assistiu primeiro e agora me deixou com vontade de ver também rsrs
ResponderExcluirBeijos!
Tamara
tamaravilhosamente.com
tamaravilhosamente.art.br
Maravilhosaaaaaaaaaaaaa!!!!
ExcluirObrigada pelas palavras, fico muitos feliz em saber que você gostou 😍
Assiste o filme e depois me conta o que achou, combinado? ❤️
Um beijão 🥰😘
Gostei mt dessa perspectiva do filme, vi ele quando lançou gostei muito, um dos melhores q já vi!
ResponderExcluirFico muito feliz em saber que gostou! Obrigada pelo comentário ♥
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