Ah! Como Alejandra era liberal quando o assunto era as coisas do coração... Na verdade, sequer acreditava no verdadeiro amor. Sabia que era bonita e tirava proveito disso. Os homens a queriam, ela se divertia com eles e depois dava um jeito de se livrar de cada um.
Inclusive, orgulhava-se de um caso que tivera com dois rapazes; um triângulo "amoroso". Isso mesmo, com aspas e tudo. Foi em uma viagem que fizera em família à uma cidade do interior.
Carlos e Hector eram grandes amigos, eram como irmãos; e se apaixonaram por Alejandra. Ela recebeu quase todo tipo de declaração de amor deles e decidiu que não precisava escolher. Propôs que os dois ficassem com ela, ou nenhum a teria. Eles aceitaram dividi-la.
Passaram-se algumas semanas, e o dia da despedida chegou. Hector dedicou uma música à sua amada na emissora de rádio da cidade. Carlos deu-lhe um colar que tinha guardado para a ocasião. Eles já não se entendiam, brigavam sem parar e se odiavam por causa de uma mulher que, no fim, não ficou com nenhum dos dois.
Alejandra voltou para sua casa e, ao ligar o aparelho de som, ouviu aquela música que Hector lhe dedicou. Desligou na hora. Não suportava ouvi-la.
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