Mês de setembro. Mês de comemorações.
A primeira, com certeza, foi o término do mês de agosto, que para mim, passou uma eternidade para acabar.
A segunda, dia 5 de setembro, que foi o dia do irmão (segundo todos nas redes sociais). Dia seguinte, 6/9, comemora-se o dia do sexo, que coincidentemente é o dia do aniversário do meu irmão.
Ontem, 7 de setembro, Independência do Brasil, feriado nacional. Amanhã, dia 9, é aniversário do meu pai.
Quantas coisas para se comemorar num início de setembro... Sem contar que dia 21 é aniversário de um de meus sobrinhos, o Erick, e este mês também se inicia a primavera, minha estação do ano preferida.
Porém, não estou vendo muita graça neste setembro de grandes comemorações. Não há festa para mim, as alegrias parecem estar longe. Sinto nostalgia, dos tempos em que eu ria de qualquer bobagem, quando meu humor era bobo mas de fácil persuasão; quando eu gostava de sair para a rua, curtir um belo dia de sol, e gargalhar com as piadas dos meus amigos. Saudades de quando eu não vivia chorando por besteiras (ou até vivia, mas em menos intensidade), ou me preocupando com o futuro, afinal de contas, eu tinha força e garra, e poderia enfrentar tudo e seguir em frente.
O que aconteceu comigo? Cadê aquela alegria transbordante? Vira e mexe sinto-me mal, triste, e não vejo mais graça nas mesmas coisas. Vá lá, poderia-se achar em outras, mas não. Meu riso está mais difícil, minha expressão tornou-se séria demais, e eu já não tenho mais aquela facilidade em rir.
Estou lendo "O Diário de Anne Frank" e não posso deixar de me comparar a ela. Também estou numa fase turbulenta (não tanto quanto a dela, que vivia num esconderijo em plena 2ª Guerra Mundial), e sinto-me mudada, como que obrigada pela vida a ser diferente do que habituava. Perdi alguns sonhos no meio do caminho, adquiri alguns objetivos.
Assim é a vida? Que vida mais sem graça! Não quero estar assim. Deus queira que eu volte a ser mais alegre e divertida.
Um conhecido me encontrou na rua ontem, e disse o quanto estou mudada. Não fui a única a perceber isso, pelo menos. E isso é porque ele nunca mais falara comigo... Ele mesmo disse tudo o que eu já sabia, e o que eu já estou lutando. Perdi alegria, perdi muita coisa importante para mim.
Sinto muito se os aborreci com esse enfadonho desabafo. Entretanto, eu precisava expressar o que está aqui já há um bom tempo, e que estava me fazendo um grande mal. Perdão por estar um pouco sem nexo, mas é assim mesmo que está minha cabeça.
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