Desesperada por Deus

Um belo dia me encontrei um pouco distante de Deus. Aquele primeiro amor, esfriando aos poucos no meu coração. Eu aos poucos abandonando a prática da oração, da leitura da Palavra, do devocional. Deixando-me levar pelas circunstâncias, sentimentos, pelo coração.
Mas eu acordei desse transe. Senti um vazio enorme em meu coração, que, mesmo que não tivesse abandonado a Deus, eu sentia que não estava próxima dEle.
Inconformada com a situação, comecei a impor uma disciplina "rígida", que não funcionou. Eu clamava a Deus, desesperada por Sua presença, por Seu amor ardendo novamente em meu coração. Queria voltar ao gás do início, quando tudo era motivo pra comemorar, e que eu sempre estava lá na frente do púlpito, pulando com os louvores dançantes. Eu adorava ao Senhor, com fervor, alegria, com todas as forças e com todo o fôlego que tinha. Mas aos poucos fui abandonando, deixando para depois.
Desesperadamente, caía de joelhos, todos os dias, em todos os cultos, em todas as tentativas falhas de não dormir sem fazer o devocional. Clamava com desespero, implorava Sua presença em mim, porque já não suportava aquela situação, aquela falta de intimidade, solidão. Sem Deus, nada vale a pena. Quando se prova da presença de Deus, quando se pode tocá-Lo, senti-Lo, nada mais tem importância; mas quando se perde bruscamente essa dádiva, é quase que chegar a um fundo de poço escuro, frio, sem esperanças.
Por isso clamei desesperadamente por Deus. E continuo clamando, desesperadamente por Deus, pois é dEle que vem minha alegria, minhas forças, meu fôlego, o gás, tudo.
Se um dia, você provar a presença de Deus, que é a melhor e maior dádiva que pode lhe ocorrer, e começar a ter um declínio desses, você me entenderá, e com certeza ficará desesperado (a) por Deus, como eu sou. *-*