Num pedaço de papel, aquela menina doce e apaixonada escrevera, ao ver ao longe o seu amado:

"Desculpa.

Desculpa por ter me fascinado com o brilho dos seus olhos, por meu coração se derreter com seu sorriso, por desejar o mínimo da sua atenção, um abraço, uma demonstração de carinho.
Mas me desculpa, principalmente, por não ter a capacidade de deixar de gostar de você."

Não. Ela não havia assinado, nem nada, mas tinha em seu coração a intenção de entregá-lo aquele papel. Nervosa, quase sem coragem de tomar a iniciativa, quando viu aquela cena que ela jamais esqueceria. Seu amado tentando abraçar outra. Já era a segunda vez que ela via aquilo acontecer. Para ela, foi o sinal de que não tinha nem o direito de se aproximar.

"Para que vou perder meu tempo e machucar mais meu coração, sabendo que mesmo que eu mande uma carta de 7 metros, não faria diferença nenhuma pra ele?" pensou enfim. Agora sim, estava mais decidida do que nunca a calar seus sentimentos.

Si tú supieras,
Que tu recuerdo me acaricia como el viento,
Que el corazón se me ha quedado sin palabras,
Para decirte que es tan grande lo que siento. Si tú supieras
Cómo te ansía cada espacio de mi cuerpo,
Como palpitan tus recuerdos en el alma,
Cuando se queda tu presencia aquí en mi pecho. Ven, entrégame tu amor,
Para calmar este dolor de no tenerte,
Para borrar con tus caricias mis lamentos,
Para sembrar mil rosas nuevas en tu vientre. Ven, entrégame tu amor,
Que está mi vida en cada beso para darte,
Y que se pierda en el pasado este tormento,
Que no me basta el mundo entero para amarte. Si tú supieras,
Que es como un grito,
Que se estrella en el silencio,
Este vacío de tenerte solo en sueños,
Mientras me clama el corazón por ser tu dueño.
Si tu supieras,
Cómo desangran en tus ojos mis anhelos,
Cuando me miran sin saber que estoy muriendo,
Por entregarte la pasión que llevo dentro. Vén, entrégame tu amor
Que sin medida estoy dispuesto a enamorarte,
Borra por siempre de mi vida,
Todas las lágrimas que habitan,
En cada noche sin tus besos,
En el rincón de mis lamentos. Ven, entrégame tu amor,
Que está mi vida en cada beso para darte,
Y que se pierda en el pasado este tormento,
Que no me basta todo el tiempo para amarte. Si tu supieras...

Sem comentários. O vídeo fala por si mesmo:

Pobre menina inocente. Olhava para o nada, e suspirava pensando nas palavras de um, mas ficava com a imagem de outro gravada em sua mente. Não conseguia esquecer nenhum dos dois. Que coincidência os dois, usarem óculos e usarem o mesmo perfume. Tudo o que ela queria era ter uma junção dos dois, para se sentir completa. Mas como seria possível? Nem ela mesma se entendia mais. Duas pessoas tão diferentes e tão iguais mexiam com seu coração. Escolher não seria fácil, tanto entre um dos dois quanto não ficar com nenhum. Concentrar-se estava ficando cada vez mais difícil.
Quisera ela que tudo aquilo fosse um sonho, e que ao acordar, seu coração estivesse aliviado de tantas dúvidas, tantos sentimentos; mas não era sonho, era a realidade dura e cruel.
E ali estava aquela pobre menina inocente, sentada. Ali estava ela, pensando em quão mágico seria ter os dois em um só, e quantos problemas não se resolveriam de uma vez só.

Estava eu, na manolagem, vendo um vídeo que reúne todos os Ditados do Chapolin, e percebi que tem muita frase filosófica aqui. Confira: