Resenha #59 | Mais Crônicas de Avonlea

 




Título: Mais Crônicas de Avonlea
Autor: Lucy Maud Montgomery
Gênero: Crônicas
Nacionalidade: Canadense
Título original: Further Chronicles of Avonlea
Tradução: Lívia Koeppl
Editora: Ciranda Cultural
ISBN: 9786555003819
Nota: 5/10
Nota Skoob:  ⭐⭐⭐



Mais um livro de crônicas sobre os moradores de Avonlea, este livro tinha tudo para ser incrível e ganhar 5 estrelas (Nota 10). Mas na última crônica, me deparei com algo completamente inaceitável, que simplesmente estragou toda a minha experiência com o livro. Mas vamos por partes.

As crônicas aqui são menores que em Crônicas de Avonlea, o que dá um dinamismo maior às histórias. Esse é um ponto extremamente positivo. As histórias contadas são muito boas, e aqui vou falar das minhas preferidas, que são “A gata persa de tia Cynthia” e “O irmão fracassado”.

“A gata persa” é aquele romance bem gostosinho de ler. Max é apaixonado por Sue, e já a pediu em casamento diversas vezes, mas ela sempre recusava e até o tratava mal. Mas no fundo, ela também era apaixonada por ele e só não queria admitir. A gente fica torcendo pra ela cair em si, e isso acontece graças ao sumiço da gata de sua tia Cynthia.

Já “O irmão fracassado” é tão tocante que me levou às lágrimas. Um dos irmãos de uma grande família não tinha conquistado muitos bens materiais nem se casado e constituído família. Ao ouvir outro irmão o chamando de fracassado, ele se entristece e decide não comparecer às festividades da família. O que ele não sabia era que esse não era o pensamento dos demais irmãos, que o homenagearam no final da história por ele ter um coração enorme e sempre ajudar os demais.



Mas, infelizmente, o livro escorregou feio no final. A última crônica, chamada “Tannis de Flats”, além de não ser muito boa, traz um trecho racista. Inclusive, a tradutora fez questão de deixar uma nota de rodapé informando que eles optaram por manter a tradução fiel ao texto original por se tratar do pensamento da autora e da época, mas que esse tipo de postura é inaceitável nos dias de hoje. Nisso, eu parabenizo à tradutora e à editora. Mas, infelizmente, minha admiração pela autora acabou sendo quebrada.






Isso mais que justifica minha nota tanto no Skoob (3 estrelas) quanto aqui no blog (5/10). A nota realmente só não foi zerada porque ainda levei em consideração a experiência do livro até o ponto crítico do trecho racista. Fiquei muito frustrada. Este livro foi, de verdade, uma grande decepção.

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A dona do blog




Andressa Soriano, 27 anos, São Paulo SP - Brasil.
Cristã, casada, formada em Jornalismo. Apaixonada pela Palavra de Deus, por livros, músicas, pela arte de escrever e criar conteúdo, pelo idioma espanhol.
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