Estavam ali sentadas, um grupo de meninas adolescentes, conversando sobre seus assuntos rotineiros, quando ele chegou. Um rapaz alto, belo, e cristão. Logo, seu olhar se cruzou com uma das garotas que também era cristã. Disseram "oi" um para o outro, ali mesmo, só no olhar.
As outras garotas entenderam que aquele casal estava apaixonado, e nem se deram ao trabalho de disfarçar o interesse em ver os dois pombinhos se beijarem. Começaram a impor pressão, para que eles fossem para um canto reservado.
Ele a tomou pelos braços e a puxou de canto. As meninas estavam ansiosas, soltando gritinhos desesperados.
Eles se aproximaram do meio-fio e atravessaram a rua; ele, confiante e imponente; ela, sensível e bela, sentia-se protegida.
Chegaram ao outro lado da rua e, bem a mostra do grupinho, deram-se as mãos, que juntas tinham mais carinho que centenas de beijos e carícias alheias.
Ambos fecharam os olhos, se aproximaram lentamente. Suas testas se juntaram. Ele abriu sua boca...
... e orou, agradecendo a Deus pela vida de sua futura esposa, e pedindo ajuda e livramento. Orou até o amém.
Abriram os olhos, em suave felicidade. Abraçaram-se forte e voltaram ao grupinho. As meninas não entenderam que espécie de beijo estranho era aquela; só perceberam um casal unido de uma forma nunca vista.
Eles se amavam, mais do que qualquer uma ali já experimentara, pois tinham a maior de todas as bênçãos, que era estar juntos debaixo da vontade de Deus.
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