Oi, eu sou uma pessoa. Sim, isto mesmo. Tenho meus gostos e minhas manias, personalidade e individualidade, e minha história de amor é um pouco diferente das demais.
Fui predestinada desde o ventre de minha mãe a me casar com a língua portuguesa, como algumas crianças o são pelos pais a se casarem cedo, na cultura indiana. Casei-me cedo, conheço-a e a aprecio, mas ao longo desta vida, apaixonei-me pela língua espanhola. Ela é linda, intrigante e caliente, impossível não se encantar. Entreguei-me por completo a esse sentimento, e nunca me arrependi; em seus braços sou feliz.
Porém, há uma terceira língua em minha vida: a inglesa. O mundo cruel me pressiona, persegue, procura e me obriga a aceitar seu capricho, dizendo que devo amá-la. Confesso-lhes que lhe tenho um carinho especial, mas à minha bela língua espanhola, dedico todo o meu amor.
Não há jeito para este coração absurdo: casada com a língua portuguesa, amando a espanhola, e obrigada a amar a inglesa. Como proceder? Se não posso ser fiel em atitudes, sou em sentimentos; quando muito uso um tu diante de minha esposa, pois a ela a linguagem culta agrada; mas apenas eu sei que é uma declaração de amor camuflada, disfarçada.
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